Reunidos no 27º Congresso Mundial de Arquitetos UIA2021RIO para debater o futuro das cidades e a cidade do futuro, arquitetos, urbanistas, planejadores, paisagistas, entidades de arquitetura e urbanismo, representantes da sociedade civil, professores, pesquisadores, estudantes, pensadores da cidade e cidadãos apresentam suas propostas para construir um mundo justo, solidário, generoso, de natureza pujante e de The post Leia a Carta do Rio – Todos os mundos, um só mundo, Arquitetura – Cidade 21 appeared first on FNA.Read More

Reunidos no 27º Congresso Mundial de Arquitetos UIA2021RIO para debater o futuro das cidades e a cidade do futuro, arquitetos, urbanistas, planejadores, paisagistas, entidades de arquitetura e urbanismo, representantes da sociedade civil, professores, pesquisadores, estudantes, pensadores da cidade e cidadãos apresentam suas propostas para construir um mundo justo, solidário, generoso, de natureza pujante e de cidades acolhedoras.

No momento em que a degradação do habitat e o desperdício de recursos colocam em risco a humanidade, e a pandemia de COVID 19 ameaça concretamente a nossa existência, expressamos nosso pesar por todos os atingidos por essa tragédia sanitária, em especial os que perderam a vida e seus familiares.

A pandemia evidenciou, sobretudo, a relação de interdependência entre as dimensões política, econômica, social, cultural e ambiental na configuração dos territórios e das cidades e a urgência de se promover políticas públicas inclusivas, para que daí emane a Cidade 21, atenta ao clima, aos bons espaços, à saúde pública, à dignidade da moradia e à redução das desigualdades.

Conclamamos a todos aqueles que desejam fortalecer os laços de cidadania que contribuam para construir cidades acolhedoras, onde povos e culturas diversas possam conviver em paz, saudáveis e em harmonia.

Considerando

que a pandemia de COVID 19 escancarou as fragilidades de milhares de cidades de todo mundo, em especial dos países pobres e em desenvolvimento;

que a crescente hegemonia do capitalismo financeiro desfez a base do bem-estar social, como política pública vigente em inúmeros países, e seu caráter autoritário e predatório tem preponderado sobre as formas de organização das sociedades, em especial das cidades;

que relações de trabalho e condições de vida foram precarizados pela submissão dos    meios científicos e tecnológicos ao interesse das grandes corporações na obtenção de altos rendimentos, contribuindo para a redução dos empregos e extinção de profissões;

que as grandes corporações industriais e financeiras se tornaram hegemônicas no desenvolvimento econômico mundial, subordinando o aparelho de Estado aos interesses das elites socioeconômicas, e contribuindo para a construção de cidades segregadas e excludentes;

que o modelo de urbanização extensiva, observado em várias cidades do mundo, resulta em assimetrias socioespaciais que se expressam, na maioria das vezes, no avanço ilegal e predatório da ocupação urbana sobre terras agriculturáveis, mananciais de água e áreas de proteção ambiental;

que em escala global, a face mais perversa desse processo está na vulnerabilidade a que estão sujeitas milhões de pessoas em todo o mundo que vivem em moradias precárias em áreas desprovidas de infraestrutura e sem a presença do Estado;

que aos habitantes de ocupações urbanas informais somam-se os milhões de refugiados abrigados − quando o são − em cidades-acampamento, muitas vezes em condições sub-humanas;

que as cidades e o território atingiram tal desequilíbrio, a ponto de a sobrevivência humana se ver ameaçada pelo esgotamento de recursos vitais, pela falta de água potável, pelos efeitos perversos da mudança climática, degradação dos ecossistemas e problemas de saúde pública;

que o aumento da expectativa de vida, a redução das taxas de natalidade, as mudanças nos modos de produção e consumo e nas relações de trabalho e convívio exigem a ressignificação dos espaços da moradia e da cidade e da relação da arquitetura com os aspectos primordiais da saúde pública;

que o racismo, a homofobia, a xenofobia e a misoginia são incompatíveis com a redução das desigualdades e com a construção de cidades justas e saudáveis;

que o esvaziamento do pensamento crítico e do debate político e a descrença nos conhecimentos científicos favorece a manipulação da opinião pública, a desfiguração dos processos democráticos e o ressurgimento de regimes autocráticos;

que a educação é fundamental para a formação dos profissionais que produzirão as cidades do futuro;

que o arquiteto e urbanista, por sua formação humanista, tem compromisso inerente com a coletividade, o respeito aos direitos dos cidadãos e à democracia;

que a UIA, fundada após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando se fez necessário reunir esforços para reerguer cidades arruinadas, propugna a tolerância a um propósito comum que transcenda fronteiras, o progresso humano por meio do conhecimento, a valorização e o respeito pelas artes e ciências, o desenvolvimento e o uso da tecnologia apropriada às necessidades humanas.

O 27º Congresso Mundial de Arquitetos – UIA2021RIO,

a partir das diretrizes emanadas pela ONU, a ONU-Habitat e a Unesco, expressas na Agenda 2030 e seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e na Nova Agenda Urbana, apresenta as “PROPOSTAS PARA A CIDADE 21” sistematizadas nas quatro linhas temáticas que nortearam a pauta dos seus debates:

  1. DIVERSIDADE E MISTURA

A cidade entendida como lócus do desenvolvimento econômico, social, cultural e político, deve ser acolhedora para todos os cidadãos. Nesse contexto, a universalização dos serviços públicos é condição fundamental.

  • É necessário reconhecer que a cidade é interdependente, é receptiva e ativa, dos diversos fatores constituintes da vida em sociedade. Não haverá desenvolvimento sem cidades ajustadas às exigências contemporâneas.
  • Não há uma só forma urbana, assim como não existe uma só cultura. É preciso reconhecer as diversas formas de produção das cidades, incluindo as favelas e periferias, e promover programas de adequação dessas áreas às exigências de infraestrutura e de serviços públicos.
  • O Centro das cidades representa o território da cidadania, patrimônio histórico e cultural da sociedade, símbolo do espaço democrático e lugar de expressão da diversidade. Os centros precisam ser permanentemente cuidados e valorizados, para evitar seu esvaziamento simbólico, econômico, político e social.
  • As políticas de desenvolvimento urbano sustentável e duradouro devem ser acessíveis e atender as pessoas em suas peculiaridades, contradições, interesses e necessidades, considerando as questões etárias, raciais, socioambientais, culturais, de gênero, de conforto, bem-estar e trabalho na produção do abrigo humano em suas diversas escalas.
  • É urgente modificar as bases conceituais e práticas do planejamento, do urbanismo e da arquitetura, de modo a abarcar ações e processos que respondam às demandas dos grupos mais vulneráveis, integrando questões de renda, gênero e sexualidade, raça, das culturas tradicionais e dos imigrantes.
  • As decisões arquitetônicas e urbanísticas devem levar em conta estratégias de enfrentamento das desigualdades, de redução da pobreza e do fortalecimento da gestão democrática do território, dos processos de participação popular e das ações que aprofundem a interdisciplinaridade e a intersetorialidade, dando voz à pluralidade de realidades e às diversidades sociais, étnicas e de gênero.
  • A licitação de obras públicas a partir de projetos completos é elemento fundamental para a qualidade da construção, da infraestrutura e usufruto dos espaços urbanos.

 

  1. FRAGILIDADES E DESIGUALDADES

A cidade contemporânea deve ter como princípio a construção de um espaço urbano coletivo, planejado e administrado como função de Estado por meio de políticas públicas democráticas e inclusivas, com foco no combate às fragilidades e desigualdades.

  • As crises ambientais e as emergências sanitárias afetam desigualmente os territórios e populações, o que exige que as ações de planejamento priorizem territórios mais vulneráveis, fortalecendo a economia local, apoiando e valorizando as iniciativas de base comunitária.
  • É preciso promover a implementação de políticas públicas integradas e democráticas que garantam o direito à cidade a toda sociedade, valorizem o patrimônio histórico e cultural, reconheçam as preexistências e preservem o ambiente para gerações futuras.
  • Moradia digna e saudável e com localização adequada para todos, por meio do financiamento sujeito às possibilidades das famílias mais carentes é uma questão de justiça social e de saúde pública.
  • A universalização dos serviços públicos – de infraestrutura, de saneamento, de transporte e de segurança – é condição essencial para a redução das fragilidades e desigualdades da sociedade e para a promoção de cidades saudáveis e sustentáveis.
  • O conhecimento técnico dos arquitetos e urbanistas deve dialogar e compartilhar com o saber popular dos diversos agentes que atuam no território, levar em conta estratégias de redução da pobreza e das iniquidades em saúde, o respeito aos direitos sociais e o fortalecimento da gestão democrática, compartilhada e participativa.
  • A assistência e assessoria técnica para habitação de interesse social deve ser considerada como um serviço público, permanente e acessível a toda sociedade, valorizando as possibilidades de articulação intersetorial e de atuação integral sobre os diversos aspectos da realidade.
  • O orçamento público em nível global deve expressar o compromisso com o financiamento das políticas públicas na redução das fragilidades e desigualdades e no combate à pobreza. Devem ser privilegiados a parceria entre arquitetos e organizações locais apoiados por fundos públicos.

 

  1. MUDANÇAS E EMERGÊNCIAS

A boa cidade é aquela que tem como foco a condição humana, o respeito ao meio ambiente, a valorização do patrimônio natural, histórico e cultural, e densidade demográfica coerente com a oferta e manutenção de serviços públicos essenciais.

  • A cidade contemporânea deve ser entendida como parceira do esforço mundial de atenção ao clima e ao planeta. É necessário promover políticas públicas que evitem a expansão da ocupação urbana, que ampliem a resiliência e a adaptabilidade do ambiente construído, que estimulem a mobilidade não poluidora, a recuperação dos recursos hídricos e a redução dos efeitos adversos da mudança climática, de forma harmônica com os ciclos naturais de cada lugar.
  • A promoção de “cidades criativas e inteligentes” deve aliar instrumentos urbanos à tecnologia e à universalização dos serviços públicos de modo equitativo e includente, revertendo a expansão não planejada, a degradação do meio ambiente, os riscos e as desigualdades socioespaciais.
  • Os vazios urbanos da cidade consolidada devem ser ocupados por arquiteturas diversas que combinem adensamento, usos mistos, espaços e serviços públicos, áreas verdes, novas tecnologias e diversidades social, econômica e cultural.
  • O adensamento consciente de áreas infraestruturadas, sem comprometer a qualidade da textura urbana, é um instrumento de inclusão social, pois atende as necessidades habitacionais, oportuniza maior diversidade social e de usos e contribui para potencializar o espaço público como lugar de interação social.
  • Arquitetos, urbanistas, governos, instituições e agentes sociais podem e devem atuar junto e de forma pactuada com as populações locais no sentido de dotar moradias precárias de condições de segurança, de salubridade e de infraestrutura, reduzindo situações de riscos e emergências sanitárias;
  • A Arquitetura deve ser provida a partir de materiais locais, evitando desperdícios de recursos, valorizando a qualificação da mão de obra local, os saberes, os costumes e a cultura das comunidades e diversidades de climas.
  • Os determinantes socioambientais da saúde devem ser orientadores da formulação, monitoramento e avaliação de políticas públicas, considerando ampla perspectiva intersetorial e participativa.

 

  1. TRANSITORIEDADE E FLUXOS

A cidade inclusiva e sustentável provê espaços e meios de deslocamentos eficientes e com qualidade para atender satisfatoriamente as necessidades das pessoas, os fluxos de materiais e informações que a contemporaneidade exige.

  • A mobilidade urbana deveser tratada segundo as exigências contemporâneas, tanto na dimensão dos recursos ambientais como no atendimento às necessidades das populações em seus deslocamentos quotidianos.
  • A multiplicidade de modos de transporte, com ênfase no transporte público e nos meios de transporte ativos – peadonal, bicicleta, entre outros, é condição para a promoção da mobilidade urbana, com vistas à equidade social e à promoção de cidades saudáveis e sustentáveis.
  • O planejamento do uso e ocupação do solo e da mobilidade devem ser instrumentos integrados para a promoção da justa distribuição dos benefícios da urbanização e para o controle da expansão urbana.
  • O pedestre é o principal protagonista da cidade. Os espaços dos fluxos devem ser desenhados como espaços do cotidiano do pedestre e de inclusão de pessoas com mobilidade reduzida, faixas etárias e classes sociais distintas.
  • Os espaços de transição devem ser planejados e projetados integrados à paisagem urbana e cultural, ampliando o acesso à cidade e aos seus equipamentos, sem priorizar soluções absolutas.
  • O espaço público é o lugar do encontro, das práticas de cidadania. O desenho urbano é uma ferramenta não apenas para se construir o espaço público, mas para pensar soluções democráticas e inclusivas.
  • A arquitetura e o urbanismo são instrumentos para o acolhimento e o enfrentamento do fenômeno migratório contemporâneo, colaborando para a inclusão social, econômica e cultural das populações migrantes e refugiadas.

 

A Arquitetura e o Urbanismo têm um papel fundamental na construção contínua de cidades melhores, mais justas e equitativas. O projeto é um instrumento essencial para contribuir com o adequado planejamento das cidades, materializar ideias, promover o debate e viabilizar transformações.

 

Todos os mundos, um só mundo. Arquitetura e Cidade 21.

Por um mundo melhor.

 

Assinam as Entidades:

IAB; IAB-RJ; CAU-BR; CAU-RJ; FNA; ABEA; ASBEA; ABAP; FENEA;CEAU-RJ,ANPARQ; ANPUR; ABDEH; DOCOMOMO Brasil; FIOCRUZ; ICOMOS Brasil.

Comissão responsável:

Angélica Benatti Alvim, Elisabete França, Luís Fernando Janot, Igor Vetyemy, Maria Elisa Baptista, Nivaldo Andrade, Sérgio Ferraz Magalhães

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Arquitetos e urbanistas em dia com a sua contribuição sindical serão contemplados com o livro “FNA: Memórias, Personagens e Lutas”, edição comemorativa lançada em 2019 pela passagem dos 40 anos da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA). A campanha realizada em julho para os profissionais em dia com a contribuição do mês, agora será The post Arquitetos em dia com a contribuição serão presenteados com livro dos 40 anos da FNA appeared first on FNA.Read More

Arquitetos e urbanistas em dia com a sua contribuição sindical serão contemplados com o livro “FNA: Memórias, Personagens e Lutas”, edição comemorativa lançada em 2019 pela passagem dos 40 anos da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA). A campanha realizada em julho para os profissionais em dia com a contribuição do mês, agora será estendida para todo o mês de agosto.  Os arquitetos sindicalizados receberão o livro em casa, no endereço cadastrado.

A obra assinada pelo arquiteto e urbanista Bruno Cesar Euphrasio de Mello, reúne documentos sobre a trajetória da FNA, traz entrevistas com seus ex-presidentes e conta histórias inéditas sobre as lutas dos arquitetos e urbanistas nas últimas quatro décadas.

O livro com 284 páginas traz ainda carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que reforça a relação estabelecida com o movimento dos arquitetos e urbanistas e com amigos de luta como Clóvis Ilgenfritz, Zezéu Ribeiro, Clara Ant e Valeska Peres Pinto.

**Informe-se pelo telefone (61) 98361.1145, e não deixe de receber em casa um pedaço da nossa e da sua história.

 

 

 

 

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Os prejuízos propostos nas emendas apresentadas à Medida Provisória 1.040/2021 somente agora começaram a ganhar conhecimento da sociedade. Aprovadas em 23 de junho pela Câmara dos Deputados, as emendas pedem a extinção de garantias trabalhistas conquistadas há décadas, como Salário Profissional de Arquitetos e Urbanistas, Engenheiros, Médicos-Veterinários e Químicos. Embora o assunto tenha chegado somente The post FNA puxa mobilização pelo Piso Salarial e manutenção de força dos Conselhos appeared first on FNA.Read More

Os prejuízos propostos nas emendas apresentadas à Medida Provisória 1.040/2021 somente agora começaram a ganhar conhecimento da sociedade. Aprovadas em 23 de junho pela Câmara dos Deputados, as emendas pedem a extinção de garantias trabalhistas conquistadas há décadas, como Salário Profissional de Arquitetos e Urbanistas, Engenheiros, Médicos-Veterinários e Químicos.

Embora o assunto tenha chegado somente nesta semana à grande imprensa, a proposta que põe em risco a regulamentação profissional e a garantia do piso salarial vem sendo combatida pela Federação Nacional dos Arquitetos (FNA) e seus sindicatos desde sua aprovação. Nas últimas semanas, o movimento trabalha na articulação direta com senadores em Brasília buscando a sensibilização para a pauta e a mobilização de entidades de categorias.

A FNA também integrou manifesto nacional contrário à matéria e promoveu reunião extraordinária de seu Conselho de Representantes visando ampliar a articulação em todas as unidades da federação. Em paralelo, foi criada uma campanha nacional com o objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre os prejuízos que as emendas trarão não só aos profissionais, mas à atividade exercida por eles, o que repercutirá sobre todos os brasileiros.

O combate à ofensiva que ataca o Salário Profissional ganhou eco na agenda do sindicalismo e foi definido como tema central do 45° Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas, que ocorrerá na segunda quinzena de novembro em formato virtual.

# Querem acabar com o piso salarial dos arquitetos! Entenda o que está acontecendo e participe

## 29 de março de 2021

Publicada a Medida Provisória 1.040/2021, que “Dispõe sobre a facilitação para abertura de empresas, a proteção de acionistas minoritários, a facilitação do comércio exterior, o Sistema Integrado de Recuperação de Ativos, as cobranças realizadas pelos conselhos profissionais, a profissão de tradutor e intérprete público, a obtenção de eletricidade e a prescrição intercorrente na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil”.

A Medida Provisória vige com o texto original por 120 dias, enquanto tramita pelo Congresso Nacional para ser convertida em Lei. Durante o processo legislativo, ela pode ser emendada (ter artigos suprimidos, modificados, adicionado).

O Projeto, convertido em Projeto de Lei de Conversão (PLV 15/2021) é relatado pelo deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) recebe 252 emendas de deputados.

## 5 de abril de 2021

O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) apresenta a Emenda 202/2021 , em que incluía entre os dispositivos revogados a lei 4.950-A/1966, do salário mínimo profissional de arquitetos e urbanistas, engenheiros, veterinários e químicos. De modo escamoteado, sem mencionar a matéria de que tratava aquela revogação sumária ou abrir debate público, a justificativa era simplesmente “garantir a liberdade de iniciativa aos profissionais liberais e pela livre concorrência”. Para o parlamentar, que é empresário do ramo da construção civil, a lei deveria ser revogada para “garantir que toda pessoa natural ou jurídica não tenha restringida, por qualquer autoridade, sua liberdade de definir o preço de produtos e de serviços”. Não havia qualquer menção explícita ao que de fato se tratava: a extinção do piso salarial de diversas categorias profissionais.

Além dessa manobra, vale lembrar que o tema em nada tem a ver com a Medida Provisória da lei. É o que se chama de “jabuti”.

## 23 de junho de 2021

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados aprova o texto emendado. No texto, é revogada a lei 4.950-/A/1966, do salário mínimo profissional, por meio do inciso XII do art.57.
O projeto é enviado ao Senado Federal em 29 de junho, recebendo a relatoria o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO).
A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) denuncia publicamente o ataque aos trabalhadores.

## 29 de junho de 2021

Os presidentes das Federações e Conselhos das categorias profissionais envolvidas se reúnem para definir a estratégia de combate a este ataque. Estiveram presentes a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), a Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), o Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo (CAU-BR), o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea/CREAs), o Conselho Federal de Química (CFQ/CRQs) e o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs).
Criam-se grupos interinstitucionais nas frentes de comunicação, justiça e assessoria parlamentar.
Iniciam-se os contatos das entidades e conselhos com os parlamentares de modo a reverter a situação. Em 1º de julho de 2021, com uma nota técnica apontando a inconstitucionalidade da matéria, a FNA oficia diretamente o relator, senador Irajá, dialogando com o seu gabinete.

## 1º de julho de 2021

A Diretoria da FNA realiza reunião extraordinária sobre o tema com o Conselho de Representantes (CR), com dirigentes de todos os sindicatos de arquitetos e urbanistas, de modo a dar informes sobre o tema e discutir a política de combate. A direção da FNA aponta a necessidade de mobilização da categoria, e de criação de uma campanha sobre o tema, que conta com a sugestão de diversas palavras de ordem, entre elas “Não pise no meu piso’. 

## 2 de julho de 2021

Os Conselhos e a FNA publicam um manifesto unificado sobre a MP 1.040/2021 (PLV 15/21), repudiando – na matéria – a flexibilização da fiscalização através de “licenças automáticas”, a revogação da lei do salário mínimo profissional, as limitações à recuperação de créditos devidos aos Conselhos.

## 5 de julho de 2021

Por meio do gabinete da deputada federal Érika Kokay, a FNA abre diálogo com as bancadas no Senado do PT, PDT, Rede, Cidadania, Pros e MDB.
Especialmente os senadores senadores Paulo Paim (PT-RS), Fabiano Contarato (Rede-ES), Cid Gomes (PDT-CE) foram sensibilizados pela mobilização da FNA, que em conjunto com os Conselhos de Classe segue buscando sensibilizar todos os 81 parlamentares.

## 10 de julho de 2021

Em reunião do Conselho de Representantes (CR), a FNA aprova o tema da campanha de mobilização, que será também o tema do 45º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA): Arquitetura é trabalho. Piso salarial é direito.

## 18 de julho de 2021

O Congresso Nacional entra em recesso, e a apreciação da MP 1.040/2021 passa para o início de agosto. Até aqui, mobilizados pelos Conselhos e Federações, os senadores apresentaram 30 emendas supressivas do inciso XII do art.57, que revoga a lei do salário mínimo profissional.
Como o projeto, se alterado pelo Senado, precisa retornar à Câmara dos Deputados antes da promulgação. É importante também lutar pela impugnação do dispositivo, por sua flagrante inconstitucionalidade. Foi nesse sentido que a bancada do MDB e do senador Wellingon Fagundes (PL-MT) propuseram requerimentos à Mesa Diretora da Casa.

## Próximos passos

A previsão é que o Senado aprecie a matéria na primeira semana de agosto, quando a vigência da MP chega ao fim e a matéria passa a necessitar de aprovação do Congresso.

Na próxima semana, a FNA intensificará a campanha Arquitetura é trabalho. Piso salarial é direito, colocando na rua ainda um abaixo-assinado para que os trabalhadores das diversas categorias possam pressionar diretamente por e-mail os parlamentares de seus Estados.

A FNA conclama todos os sindicatos e entidades de arquitetura a multiplicar e reforçar essa campanha!

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UIA 2021: TODOS OS MUNDOS, UM SÓ MUNDO. Com este forte lema, a União Internacional de Arquitetos realiza nesta semana, seu Congresso Mundial de Arquitetos. Esta temática se desdobra em quatro eixos: Diversidade e Mistura, Fragilidades e Desigualdades,  Mudanças e Emergências e Transitoriedade e Fluxos. E a Agenda 2030 da ONU e seus Objetivos do The post Lançamento do 2º Guia IAB para a Agenda 2030 e de Exposição encerram a Semana do UIARio2021 appeared first on FNA.Read More

UIA 2021: TODOS OS MUNDOS, UM SÓ MUNDO. Com este forte lema, a União Internacional de Arquitetos realiza nesta semana, seu Congresso Mundial de Arquitetos. Esta temática se desdobra em quatro eixos: Diversidade e Mistura, Fragilidades e Desigualdades,  Mudanças e Emergências e Transitoriedade e Fluxos. E a Agenda 2030 da ONU e seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) são o embasamento para esta temática que, em tempos de pandemia, aparece como central.

E o IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil, além de celebrar seu centenário neste ano, lança o 2º Guia da coleção que mostra o melhor da produção arquitetônica e urbanística dos profissionais brasileiros interessados em contribuir para a temática do desenvolvimento sustentável.

Participaram profissionais arquitet@s e urbanist@s brasileir@s, com obras e projetos localizados no território nacional ou no exterior, elaborados a partir de 2015. Os projetos e planos selecionados nesta nova publicação apresentam uma diversidade e cobrem praticamente todo o território brasileiro. Segundo seu coordenador, Cid Blanco Jr, há projetos representando a maioria dos estados brasileiros e localizados em outras partes do Globo, como Egito e Senegal.

Os projetos e planos que melhor representam os 17 ODS foram selecionados por uma equipe de especialistas de diferentes setores e regiões do país  e o IAB recebeu mais de uma centena de inscrições.

A nova publicação será lançada junto com a Exposição Um Guia de Arquitetura e Urbanismo para as 17 Metas da ONU de Desenvolvimento Sustentável, que traz exemplos dos dois Guias  do IAB e dos dois Guias da  UIA. O lançamento faz  parte da programação do 27º Congresso Internacional da União Internacional de Arquitetos – UIA 2021, sendo que a live contará com os presidentes das entidades internacionais de Arquitetura e Urbanismo.

Segundo a co-coordenadora da Comissão de Política Urbana, Cláudia Pires, a UIA conta com uma Comissão de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, na qual o IAB tem assento. Ela elogia a assertividade da Comissão e informa que o Guia Nacional, agora traduzido em outras línguas, é uma iniciativa que acompanha os trabalhos da Comissão Internacional que, em 2019, lançou uma publicação com projetos de todo o mundo relacionados com a Agenda 2030.

Sobre o Guia IAB para a Agenda 2030
Em 2020, o IAB – por meio do Grupo de Trabalho da Agenda 2030 da Comissão de Política Urbana e Habitação Social – produziu uma versão brasileira da publicação da Comissão da UIA, apresentando projetos de arquitetura e planos de desenvolvimento urbano do Brasil que colaboram com cada um dos 17 ODS. A primeira edição do Guia contou com diversas parcerias, em um esforço contínuo para mostrar práticas sustentáveis em nossa arquitetura e urbanismo, e contou com a publicação de 51 projetos/planos.Neste ano, o IAB conseguiu ampliar o leque de entidades apoiadoras o que demonstra que o acompanhamento da Agenda 2030 e dos ODS convergem para posicionar a categoria profissional junto à outras categorias profissionais e ajuda a fortalecer a Sociedade civil frente às suas reivindicações junto aos governos.

Segundo Cid Blanco Jr, “o lançamento do 2º Guia reafirma o compromisso do IAB com o cumprimento das metas da Agenda 2030 por meio da disseminação dos trabalhos e da conscientização dos profissionais de arquitetura e urbanismo’. “Queremos reforçar a discussão sobre a Arquitetura e Urbanismo como a contribuição efetiva dos arquitetos para um mundo melhor”, finaliza Cláudia Pires.

Serviço:
Lançamento do 2ª Edição do Guia IAB para a Agenda 2030 encerra a Semana do Congresso Mundial de Arquitetos;
Telefone para contato: Cid Blanco Junior 21-99876-2405 e-mail: iabcomissaopoliticaurbana@gmail.com
Link de transmissão do evento: https://www.youtube.com/watch?v=JeRLY5c_ZLs
Data: 24/07/2021 – sábado
Horário: 10hs00min (Brasília)

 

 

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