É inaceitável a descontinuidade de investimentos em políticas públicas que garantam a justa utilização da riqueza produzida no Brasil e a redução de desigualdades. Observamos estarrecidas a redução dos recursos utilizados pelo IBGE no Censo decenal e consideramos que esta decisão equivocada, aprovada dia 26/03/2021, configura-se como uma pá de cal no planejamento, na implantação The post Nota Pública: Entidades de representação profissional e de planejamento urbano saem em defesa do Censo 2021 appeared first on FNA.Read More

É inaceitável a descontinuidade de investimentos em políticas públicas que garantam a justa utilização da riqueza produzida no Brasil e a redução de desigualdades.

Observamos estarrecidas a redução dos recursos utilizados pelo IBGE no Censo decenal e consideramos que esta decisão equivocada, aprovada dia 26/03/2021, configura-se como uma pá de cal no planejamento, na implantação e no acompanhamento de políticas públicas que impactam a vida dos cidadãos brasileiros. Não conhecer profundamente a realidade atual impedirá a implantação de planos, programas e projetos urgentes e necessários para a construção de uma Nação justa e equitativa.

É inaceitável que o Ministério da Economia corrobore com uma prática que apequena o planejamento governamental por absoluta falta de dados atualizados e consolidados.

Esta notícia é ainda mais impactante no momento em que mais de 300 mil brasileiros foram vítimas fatais da pandemia do Covid-19. A necessidade de retomar os investimentos em saúde, saneamento e habitação, entre outras políticas sociais que sofrem forte retração de investimentos públicos desde 2017, é premente.

Um país sério e comprometido com a soberania nacional e com o bem-estar da sua população valoriza a ciência, a produção de dados e investe em planejamento para fazer face aos instrumentos de produção de justiça social. O abandono da contagem decenal do Censo significa um golpe mortal em um instrumento que, pelos meios legais, garante à sociedade brasileira o conhecimento de seus reais problemas.

Reiteramos a necessidade das entidades de planejamento, urbanismo, ensino e ciência estarem unidas na exigência ao governo federal de restituição do orçamento do CENSO 2021, tendo em vista as danosas consequências para o nosso país, com vistas a garantir sua realização tão logo as condições sanitárias venham a permitir.

28 de Março de 2021.

Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB

Federação Nacional dos Arquitetos Urbanistas – FNA

Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro – SEAERJ

Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas – ABAP

Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico- IBDU

Associação dos Engenheiros Ambientais do Amazonas – AENAMBAM

Associação do Rio de Janeiro de Engenheiros Ambientais e Sanitaristas – ARJEAS

Associação dos Profissionais Engenheiros Ambientais do Rio Grande do Norte – APEA-RN

Associação Sergipana dos Engenheiros Sanitaristas e Ambientais – ASESA

Associação Gaúcha dos Engenheiros Ambientais – AGEA

BR Cidades

Federação Nacional das Associações de Engenharia Ambiental e Sanitária – FNEAS

Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura – FeNEA

Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo – ANPARQ

Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU

Clube de Engenharia

Pólis – Instituto de estudos Formação e Assessoria em Políticas Sociais

Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos

Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO

Associação de Pós Graduação em Geografia – ANPEG

Confederação Nacional das Associações de Moradores – CONAM

Habitat para a Humanidade Brasil

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros – FISENGE

Movimento Nacional de Luta pela Moradia – MNLM

União Nacional por Moradia Popular – UNMP

Central de Movimentos Populares – CMP

Observatório das Metrópoles

Fórum Nacional de Reforma Urbana – FNRU

Terra de Direitos

Laboratório Justiça Social – LabJUTA

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas  – IBASE

Associação Cearense dos Engenheiros Ambientais e Sanitaristas – ACEAS

Associação Catarinense de Engenheiros Sanitaristas e Ambientais – ACESA

Associação Centro Sul Paranaense dos Engenheiros Ambientais – ACSPEA

Associação dos Engenheiros Ambientais e Sanitaristas do Distrito Federal – AEAS DF

Associação dos Profissionais de Engenharia Ambiental do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Sul de Minas – APEA-TMAPS

Fundação de Direitos Humanos Bento Rubião

Sindicato dos Economistas de Minas Gerais – SINDECON-MG

Sindicato dos Economistas do Rio Grande do Sul – SINDECON-RS

Sindicato dos Sociólogos do Estado do Rio de Janeiro –

Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul – SOCECON RS

Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – CEBES

Centro Gaspar Garcia De Direitos Humanos

Conselho Regional de Administração do Amazonas – CRA-AM

Frente de luta por Moradia – FLM

Associação de Geógrafos do Brasil – AGB

 

 

 

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O Museu Nacional é uma instituição vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1946. Criado por D. João VI em 1818 com o nome de Museu Real, visava atender aos interesses de promoção cultural e científica do país e seu acervo foi aumentado significativamente por D. Pedro II. Posteriormente, passou a se The post Nota sobre transformação do Museu Nacional em centro dedicado à família imperial appeared first on FNA.Read More

O Museu Nacional é uma instituição vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1946. Criado por D. João VI em 1818 com o nome de Museu Real, visava atender aos interesses de promoção cultural e científica do país e seu acervo foi aumentado significativamente por D. Pedro II. Posteriormente, passou a se chamar Museu Nacional e consolidou-se como um museu universitário, com papel central para pesquisa, ensino e difusão do conhecimento nas áreas de ciências naturais e antropológicas.

O Museu é a mais antiga instituição científica brasileira, ocupando o Palácio São Cristovão desde 1892. Nesse sentido, a intenção de transformar o edifício num centro turístico dedicado à família imperial, deslocando o acervo científico do museu para um anexo da propriedade, desvirtuaria o lugar de relevância proposto por D. João VI na sua criação. Cabe ainda destacar o papel do Museu Imperial, em Petrópolis, como instituição federal já responsável pela preservação e divulgação do importante acervo do país relativo ao império brasileiro.

Após o trágico incêndio de setembro de 2018, quando o edifício e o acervo foram parcialmente destruídos, o projeto de cooperação internacional Museu Nacional Vive foi articulado pela UFRJ, UNESCO do Brasil e Fundação Vale. Com uma estrutura de governança articulada, que inclui um Comitê Executivo, um Comitê Institucional e um Grupo de Trabalho de Segurança e Sustentabilidade Pós-Inauguração, o projeto estabelece as diretrizes estratégicas, monitora e garante a execução das ações para a reconstrução e restauração do Paço de São Cristovão e seu anexo e, ainda, a reforma da Biblioteca e do Horto Botânico e a implantação do Campus Cavalariças.

O projeto arquitetônico recentemente divulgado prevê a restauração completa do Palácio em seus três andares, com a dedicação de seus espaços inteiramente para as exposições e atividades educativas. No bloco principal, está previsto um circuito expositivo histórico em que se apresentará aspectos referentes à história da ciência no Brasil, a história do Museu Nacional e a história do Palácio de São Cristóvão, contextualizando a relação Museu Nacional e Família imperial.

As entidades aqui representadas entendem que o projeto Museu Nacional Vive está estruturado de forma a atender aos diferentes interesses e expectativas que se estabelecem em torno dessa importante instituição científica e cultural e o seu edifício-sede. O projeto que está sendo desenvolvido coletivamente estabelece o restauro respeitoso do Paço de São Cristovão como patrimônio tombado pelo IPHAN, mas também a reconstrução simbólica do Museu Nacional, adequado às expectativas colocadas desde a sua criação por D. João VI e em consonância com as demandas museais contemporâneas.

Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro
Brasil, 27 de março de 2021.

Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP)
Associação Brasileira de Gestão Cultural (ABCG)
Associação Nacional de História (ANPUH)
Associação Nacional de Pesquisa em Tecnologia e Ciência do Patrimônio (ANTECIPA)
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (ANPARQ)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ANPUR)
Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA)
Seção Brasileira do Comitê Internacional para a Documentação e Conservação de Edifícios, Sítios e Conjuntos do Movimento Moderno (DOCOMOMO Brasil)
Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FENEA)
Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA)
ICOM Brasil (Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus)
ICOMOS Brasil (Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios)
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB)
Programa de Pós-Graduação em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Delta da Parnaíba (PPGAPM/CMRV)
Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGMUSPA)
Programa de Pós-Graduação em Museologia da Universidade Federal da Bahia (PPGMuseu)
Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia da Universidade de São Paulo (PPGMus)
Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários (RBCMU)
Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)
Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC)
Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH)

 

Foto: Roberto da Silva/ Museu Nacional / Divulgação

 

 

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