Nas eleições de 2020 arquitetos e urbanistas foram eleitos em todo o Brasil, número significativo para o processo de envolvimento dos profissionais da área de desenvolvimento urbano. Foi o que defendeu a presidente da FNA, Eleonora Mascia, durante a última live do 44º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (Ensa) neste sábado (5/12). The post Participação de arquitetos e urbanistas nas eleições 2020 é destaque no 44° ENSA appeared first on FNA.Read More

Nas eleições de 2020 arquitetos e urbanistas foram eleitos em todo o Brasil, número significativo para o processo de envolvimento dos profissionais da área de desenvolvimento urbano. Foi o que defendeu a presidente da FNA, Eleonora Mascia, durante a última live do 44º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (Ensa) neste sábado (5/12). Ao lado de profissionais que concorreram no pleito eleitoral deste ano e de representantes do Colegiado de Entidades de Arquitetura e Urbanismo (CEAU), a transmissão debateu os rumos que as cidades poderão ter com a presença dos arquitetos e urbanistas nos espaços de poder.

Construída ao longo do ano pelas entidades que compõem o CEAU, numa iniciativa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), a Carta-Aberta à Sociedade e aos (às) Candidatos (as) nas Eleições Municipais de 2020 também foi assunto de destaque do evento. O documento foi construído para municiar os próximos gestores eleitos no processo de desenvolvimento de políticas públicas urbanas para as cidades nas áreas de saúde, sustentabilidade, finanças, paisagem, patrimônio, mobilidade e inclusão. “Temos de nos preparar para o que virá”, pontuou Eleonora.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (Abea), Carlos Eduardo Nunes Ferreira, destacou o papel das instituições de ensino no processo de democratização das cidades. “Queremos passar a mensagem que as instituições de ensino de todo o país estão de portas abertas naquilo que a gente faz de melhor: estudos, projetos, congressos, cursos de capacitação, afinal, as atividades de pesquisa e extensão estão na base da universidade”, afirmou. Ainda no âmbito das universidades, a diretora da Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA), Francieli Schallenberger, reforçou a importância da participação dos estudantes na luta pela democracia. “A gente tem que andar em conjunto com a política em geral, e isso vai ter um grande ganho em médio e longo prazo”, opinou.

Refletindo sobre as candidaturas, o vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Rafael Passos, lançou as questões: “Que arquitetos são esses? O que eles representam e vão representar na sua participação política?”. Passos destacou o protagonismo dos arquitetos e urbanistas à frente das questões de planejamento urbano e defendeu a criação de assessorias técnicas desses profissionais em cada casa de vereadores existente no Brasil. “Esses arquitetos devem ter compromisso com pautas que são importantes e pesam para a categoria”, reforçou. Reiterando uma visão mais ampla, para além das cidades, a presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas, Luciana Schenk, pediu para que se olhe para além dos limites municipais, dando atenção à paisagem do Brasil como um todo. “A paisagem é política. Nosso esforço foi de tornar nosso movimento político, e ele foi”, afirmou.

Candidatos reafirmam compromisso com agenda urbana

Preocupados com o avanço do neoliberalismo e a crescente supressão dos movimentos de esquerda no Brasil, Nabil Bonduki, Rayssa Cortez e Tainá de Paula destacaram a importância da representatividade no pleito de 2020 e o grande trabalho que virá pela frente para transformar as pautas urbanas em mais sociais e democráticas.

Integrando a candidatura do Coletivo + Direito à Cidade, de São Paulo (SP), Nabil e Rayssa destacaram a diversidade de raça, idade e gênero do conjunto de arquitetos e urbanistas que integraram o coletivo. “Faço uma chamada para a gente fortalecer as entidades e participar dos sindicatos. A gente precisa se reorganizar pra qualificar o debate público e não deixar a função política da arquiteto e urbanista acabar sobreposta”, afirmou Rayssa. Afirmando ter ficado chateado com o resultado das eleições, que resultou em derrota à sua candidatura, Nabil contou que sentia que esse seria o momento de discutir de forma transversal os problemas da cidade. “Nós não podemos estar ausentes desses debates. Estamos num país vendo suas políticas publicas sendo desmontadas de cabo a rabo”, denunciou.

Vereadora eleita pela cidade do Rio de Janeiro (RJ), a arquiteta e urbanista Tainá de Paula defendeu a construção de agenda comprometida com as questões urbanas. “É preciso debater as nossas pautas centrais e compor uma frente urbanística. Uma frente parlamentar pró-cidade”, sugeriu, destacando que, acima de tudo, é importante travar o avanço negacionista que impera no país, encabeçada pelo governo de Jair Bolsonaro. “Cabe aos arquitetos a construção de mundos possíveis”, afirmou.

O Ensa é uma promoção da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas conta apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). Confira a live completa pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=9WwkNsUnMZ0

Confira o que rolou no chat:

Sérgio Ribeiro
A esquerda precisa se reinventar!!!! O discurso que não encontra mais eco no dia-a-dia da população. O processo de reconstrução da esquerda precisa acontecer. Em 2018 a vitória da direita passou pela intransigência da esquerda em não criar novas lideranças, e saber que cidades são dinâmicas.

Terezinha Oliveira Gonzaga
O capitalismo se nutre as diversas discriminações e opressões, sobre nossos corpos, para garantir a exploração.
Só lembrando que a primeira opressão de classe anterior ao capitalismo, é sobre os corpos femininos, para garantia da herança pós conceito de propriedade privada.

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Entender como o mercado de trabalho chegou ao ponto em que se encontra não é um exercício simples.  Se utilizando de figuras de linguagem – bússola, lanterna e farol – a economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Lucia Garcia abriu a mesa ‘Mudanças no mundo do trabalho e a atuação dos The post Barrar mudanças trabalhistas exige identificação de como chegamos ao cenário atual appeared first on FNA.Read More

Entender como o mercado de trabalho chegou ao ponto em que se encontra não é um exercício simples.  Se utilizando de figuras de linguagem – bússola, lanterna e farol – a economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Lucia Garcia abriu a mesa ‘Mudanças no mundo do trabalho e a atuação dos sindicatos’, dentro da programação da manhã de sábado (5/12) do 44° Encontro Nacional de Arquitetos e Urbanistas (ENSA). A técnica do Dieese provocou os participantes ao afirmar que não basta pensadores terem a sabedoria das transformações que ocorrem no mundo do trabalho, assim como também é ineficiente se projetar apenas como movimento de resistência à precarização em curso. “Há um pacto político por trás do plano econômico. E somos uma sociedade que não exerce pressões demográficas sobre governo algum”, afirmou. “Perdemos a bússola, precisamos encontrar a lanterna para chegarmos ao farol”, enfatizou na mesa com mediação da presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Eleonora Mascia.

Segundo Lucia, as reformatações do papel do Estado e as reduções dos direitos sociais e do trabalho precisam ser exploradas até para que sejam estancadas sob pena de ampliar ainda mais o abismo do direito ao trabalho, num cenário caótico de crescimento medíocre da produção, escassez na geração de empregos e na ocupação em geral. “Estamos diante de um desemprego crônico e, dificilmente no Brasil, alcançaremos novamente tão cedo a taxa de 5% de desemprego”, afirmou a economista, lembrando que o indicador encontra-se  atualmente em 14,1% fortalecido pelos impactos da pandemia, mas que vem oscilando (para cima)  desde a aprovação da Reforma Trabalhista, em novembro de 2017.

“Casualização do trabalho não é de interesse nosso, mas estamos submetidos a essa lógica. Aceitar essa casualização é aceitar a não cumulação de tempo de previdências e a retirada de proteção social”, pontuou a técnica do Dieese. Para ela, o trabalho na forma como está se apresentando nada mais é do que uma commodity, que retira a qualidade da mão de obra e pode ser facilmente substituída. De acordo com a economista, o Estado está cada mais ‘policial’ na defesa dessa transformação e também da nova regulação, por isso, se faz necessário que haja um melhor entendimento sobre esse processo de transição em que chegou o mercado de trabalho no Brasil. “Temos que encontrar uma forma de comunicar como chegamos até aqui para, assim, identificar as fragilidade desse modelo e encontrar as saídas possíveis”, afirmou.  Para concluir sua apresentação, Lucia ainda falou sobre a necessidade de passarmos de um trabalho commoditizado para o trabalho criativo, onde o individualismo e a meritocracia sejam questionados como oposição ao coletivo e à construção coletiva.

Neste cenário de desconstrução do mundo regulatório, os desafios do movimento social contemporâneo são imensos. “Estamos imersos em mudanças radicais de paradigma, muitas aceleradas por força da pandemia”, frisou o advogado Eymard Loguercio, sócio do escritório LBS Advogados, que presta assessoria jurídica à FNA.  Ao lembrar que o Brasil enfrenta altas taxas de informalidade e rotatividade no ambiente do trabalho – quase metade da força empregada em um ano fica desempregada no ano seguinte, manifestou preocupação com a crescente sonegação de direitos por parte dos empregadores, gerando um passivo trabalhista ao longo dos anos. “Os sindicatos precisam se reinventar, pois a mudança de paradigma em curso despreza sindicato inclusive como fator de flexibilização. Rebaixa todos os padrões de fiscalização’, pontuou Loguercio.

Para o advogado, as leis saíram de um patamar ‘hard’ de proteção ao trabalhador para um nível ‘soft’, num cenário onde as empresas se comprometem com governança, boa conduta, governabilidade, mas ao mesmo tempo permitem terceirizações, jornada intermitente e outros modelos possíveis pela Reforma Trabalhista. “Este padrão de mudança estrutural está aí, e não basta apenas resistência, pois não se trata de uma mera crise estrutural, é uma tentativa de implantar um novo mundo de trabalho’, garantiu. De acordo com o advogado, os sindicatos têm como desafio ultrapassar esse modelo ‘concorrencial’ a que o setor foi submetido, onde quem ganha espaço é quem trabalha melhor e oferece mais. “A lógica, no entanto, é outra. A liberdade sindical é a possibilidade de se estabelecer qualquer tipo de sindicato. O modelo de ‘que vença o melhor’ não é voltado à organização de classes, mas à concorrência”, destacou.

O diretor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) Jair Pedro disse que a situação dos bancários também é desafiadora, especialmente diante do rápido avanço da tecnologia que permite novas modalidades de atuação, mas não há uma preocupação com a qualidade voltada ao trabalhador.  O painel ainda contou com a participação do secretário de Relações de Trabalho da CUT, Ari do Nascimento, que fez uma saudação aos participantes do evento e uma breve homenagem a Kjeld Jakobsen, ex-presidente da CUT falecido neste sábado (confira link com a reportagem).

 

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Os sindicatos de arquitetos e urbanistas vêm lutando para ganhar voz no debate sobre os planos diretores das cidades brasileiras e assegurar que haja uma discussão profunda sobre eles com todas as parcelas da sociedade. A ação de três estados nesse sentido foi detalhada em reunião do 44º ENSA nesta sexta-feira (4/12). O encontro, mediado The post Participação em planos diretores é foco de SC, RN e BA appeared first on FNA.Read More

Os sindicatos de arquitetos e urbanistas vêm lutando para ganhar voz no debate sobre os planos diretores das cidades brasileiras e assegurar que haja uma discussão profunda sobre eles com todas as parcelas da sociedade. A ação de três estados nesse sentido foi detalhada em reunião do 44º ENSA nesta sexta-feira (4/12). O encontro, mediado pelo diretor da FNA Patryck Carvalho, contou com manifestações do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Rio Grande do Norte (Sinarq/RN), do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Santa Catarina (SASC) e do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado da Bahia (Sinarq/BA).

Em Santa Catarina, o SASC vem travando batalha para garantir voz na tramitação dos Planos Diretores nos municípios de Joaçaba e Nova Veneza. Segundo a presidente do SASC, Daniela Lopes, o que se vê em plena pandemia é uma série de projetos sendo revisados em processos acelerados e “não tão democráticos como se gostaria”. O conselheiro do SASC Marco Bissani relatou que, apesar dos pedidos formalizados, as prefeituras não permitem manifestações verbais. O SASC ainda indicou falhas nas metodologias do trabalho . “Algumas etapas do processo foram puladas como a fase dos prognósticos”, exemplificou o arquiteto e urbanista.

Uma das grandes críticas à tramitação de planos diretores em tempos de pandemia é a forma como restringem a participação popular na medida em que elitizam o acesso às audiências.  A diretora do SASC, Natalia D`Agostin Alano, relatou que o sindicato protocolou ofício junto à prefeitura de Nova Veneza questionando as revisões e alertando para o impacto que isso poderia causar às cidades durante a pandemia. “O ofício nunca foi respondido”, salientou Natalia. O SASC aguarda nova reunião para poder se manifestar quando, finalmente, a comissão que trata do assunto na  prefeitura de Nova Veneza comprometeu-se a chamar o sindicato ao debate.

Processo similar foi encabeçado pelo Sinarq/RN, em projeto que, inclusive, recebeu o Prêmio FNA 2020. O movimento Salve Natal foi implementado ao lado de movimentos populares e de programas de extensão da Universidade Federal do RN como enfrentamento à revisão de um plano diretor sem escuta popular. Segundo a diretora do sindicato Sarah Andrade, o processo se consolida pelo desmonte dos pactos sociais. O que se constatou, indicou ela, foi uma grande dificuldade para fazer a população entender o que estava sendo discutido e o que estava em jogo. “O discurso técnico distanciava as pessoas e fragilizava o debate. O Salve Natal veio traduzir a linguagem urbanística e técnica, promover uma alfabetização urbanística e engajar mais pessoas”.

Tendo em vista que o plano estava tramitando sem audiências públicas, o coletivo conseguiu barrar o andamento virtual do processo durante a pandemia. Além de vícios metodológicos e escuta atenta para alguns grupos da sociedade e não para outros, houve descumprimento de normas de aprovação do projeto. “Nossa crise de representação fez com que criássemos novas estratégias de atuação e que nos colocássemos lado a lado com os movimentos sociais para barrar esse rolo compressor”, frisou, alertando que o projeto deve voltar à pauta em fevereiro.  Mas o sindicato não deve esmorecer garante Sarah. “Vamos bater o pé para perpetuar as pautas da coletividade e da cidadania e não apenas de determinados grupos, privilegiando o capital imobiliário”.

Representando o estado da Bahia, a arquiteta e urbanista e diretora do Sinarq/BA Paula Moreira relatou a ação do sindicato junto a movimentos populares pela manutenção da Zona Especial de Interesse Social (Zeis) Tororó, em Salvador. Segundo ela, em plena pandemia, o conflito estabeleceu-se quando foi apresentado projeto de construção de um shopping center na região, obrigando a remoção de 40 famílias que há anos vivem no local. “Antes disso, o sindicato já vinha se articulando para questionar a questão sanitária e as diferenças expostas pela pandemia na cidade de Salvador em função da desigualdade social, que segrega 70%, 80% da população”, ponderou.

Em defesa da comunidade, iniciou-se articulação para acionar a Defensoria Pública para  garantir o direito à moradia. Paula alertou que é preciso fortalecer o direito das comunidades uma vez que há milhares de pessoas que vivem nessa condição.  “Este é um papel que estamos assumindo e é uma experiência importante para projetar o sindicato junto às comunidades. É preciso mostrar que existe uma parcela dos arquitetos e urbanistas que pode atuar com esse tipo de questão dentro da cidade”.

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As contas do exercício de 2019 e do balanço parcial de 2020 da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA) foram aprovadas na manhã deste sábado (5/12) durante programação do 44º ENSA. Em votação virtual, os delegados que representam os sindicatos filiados confirmaram o parecer emitido pelo Conselho Fiscal e apresentado pelo arquiteto e urbanista The post Contas da FNA de 2019/2020 são aprovadas appeared first on FNA.Read More

As contas do exercício de 2019 e do balanço parcial de 2020 da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA) foram aprovadas na manhã deste sábado (5/12) durante programação do 44º ENSA. Em votação virtual, os delegados que representam os sindicatos filiados confirmaram o parecer emitido pelo Conselho Fiscal e apresentado pelo arquiteto e urbanista Edinardo Lucas.

Após a exposição do parecer favorável às contas, Lucas encaminhou algumas recomendações. Entre elas está a composição de um planejamento de trabalho que acompanhe a previsão de despesas e a produção de gráficos evolutivos que facilitem a visualização dos fluxos de caixa.

Durante a reunião virtual, o relatório contábil da federação foi detalhado pela representante da VSS Contabilidade, Jennyfer Silveira, que abriu rubricas de receitas e despesas. Segundo a secretária de Finanças da FNA, Juliana Betemps, o ano atípico acabou freando as despesas tradicionais que a federação tinha com representação política e encontros como o ENSA, por exemplo. “Com a pandemia, mudou nosso foco e conseguimos destinar recursos para ajudar os sindicatos. Foi possível promover a ampliação de serviços suportados pela FNA para ações básicas nas áreas Jurídico, Contábil e Comunicação”, ponderou.

Um dos assuntos debatidos foi o custeio do Congresso da UIA, que ocorreria em 2020 mas foi postergado para 2021 em função da Covid-19. Em 2020, a FNA repassou ao IAB contrapartida prevista em convênio para viabilização do evento no Rio de Janeiro no próximo ano.

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Uma noite para celebrar iniciativas, projetos e pessoas que entregam um trabalho voltado às cidades e às pessoas. A programação do 44° Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA) nesta sexta-feira (4) foi de homenagens aos vencedores dos prêmios 15° Arquiteto e Urbanista do Ano e FNA 2020, iniciativa da Federação Nacional dos The post 44° ENSA homenageia vencedores do 15° Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano e Prêmio FNA 2020 appeared first on FNA.Read More

Uma noite para celebrar iniciativas, projetos e pessoas que entregam um trabalho voltado às cidades e às pessoas. A programação do 44° Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA) nesta sexta-feira (4) foi de homenagens aos vencedores dos prêmios 15° Arquiteto e Urbanista do Ano e FNA 2020, iniciativa da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA). A entrega dos prêmios contou com a mediação da secretária de Educação, Cultura e Comunicação Social da FNA, Fernanda Lanzarin.

A presidente da FNA, Eleonora Mascia, abriu a cerimônia virtual de entrega dos prêmios ressaltando a importância da celebração que busca identificar e homenagear profissionais arquitetos e urbanistas e de outras áreas que atuam com força e contundência nas cidades e pelas cidades. Desta forma, chamou a professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Maria Inês Sugai, para receber o prêmio Arquiteta e Urbanista do Ano. “Ela representa grande parte do que se busca na atuação do arquiteto e urbanista, um ativismo permanente e crítico que leva reconhecimento a diversos outros profissionais”, pontuou Eleonora.

Professora da graduação e pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, Maria Inês tem uma trajetória focada no ensino, pesquisa e extensão, além de muito ativismo e dedicação às pautas sociais e urbanas. Seu compromisso com a profissão se deu também por meio de intensa participação em entidades profissionais. Por isso, aproveitou a cerimônia de premiação para agradecer à FNA e a todas as entidades pelas quais já passou, o que inclui o SASC e o IAB. “Me sinto orgulhosa, como mulher, arquiteta e urbanista, de estar dividindo este momento com outras duas mulheres que estão à frente de importantes entidades de nossa área, dividindo compromissos e pautas desafiadoras”, disse, referindo-se à Eleonora (FNA) e Daniela Lopes (SASC).

Maria Inês ainda destacou a história da FNA, que se confunde com a história recente do país, cuja organização iniciou antes do final da ditadura, dando um passo importante pela pressão para a volta da democracia. “Vimos muitos colegas comprometidos com essa pauta, com uma forte solidez política e intelectual”, relembrou. Segundo ela, o papel social do arquiteto e urbanista vem de longe, especialmente em relação às lutas contra desigualdades e por justiças sociais. Maria Inês aproveitou a oportunidade também para homenagear duas pessoas que foram e são suas referências profissionais, os arquitetos e urbanistas Flávio Vilaça e Ermínia Maricato.

O Prêmio FNA 2020 neste ano destacou três iniciativas: coletivos Salve Natal e Paraná Contra a Covid-19 além do projeto Gentileza Urbana. A integrante do Conselho Consultivo da FNA Valeska Peres Pinto disse que a premiação vem se reinventando ao longo de sua recente existência – está em sua terceira edição – mas que mantém o caráter de ser um instrumento que destaca não só profissionais de arquitetura, mas iniciativas que levam uma mensagem à sociedade. “Mais do que fazer pela sociedade, devemos fazer com a sociedade. Temos a missão de compartilhar saberes e os premiados de hoje são esses agentes sociais”, afirmou.  Newton Burmeister, arquiteto e urbanista e integrante do Conselho Consultivo da FNA, reforçou ainda a importância dos reconhecimentos da noite, uma forma de fazer frente ao cenário pandêmico e da ausência de um líder nacional no enfrentamento dos problemas do país. “Essas situações são motivadoras para que as pessoas reajam a essas circunstâncias problemáticas com suas propostas, Foi que recebemos através das inscrições dos prêmios”, afirmou.

O projeto Gentileza Urbana, de São Paulo, é uma dessas iniciativas que espalham suas ações a moradores e transeuntes do centro de São Paulo. Abraçado pela Subprefeitura da Sé, o plano consiste na transformação de espaços cinzas e asfaltados em ambientes permeáveis e paisagísticos. Com o aval do subprefeito Roberto Arantes, o arquiteto e urbanista André Tostes Graziano, o biólogo Rodrigo Soares Silva e o engenheiro Remy Silva, deram início ao trabalho de intervenção em pontos sensíveis da capital paulista – detectados pelo histórico acúmulo de água da chuva que por muitas vezes gera transtornos a pedestres e a motoristas. Vale lembrar que a região da é reconhecida como a menos arborizada da cidade de São Paulo por conta do seu caráter histórico de ocupação. Iniciado em maior de 2019, já instalou ais jardins de chuva na Sé do que todo o plano da cidade de Nova York até 2021. “O Gentileza Urbana é a prova de que é possível contar com o gestor público que não só nos instiga a melhorar, mas fornece suporte a iniciativas que fizemos para as cidades”, pontuou André Graziano. “Nosso desafio é devolver um pouco de verde para essa área, tendo o arquiteto e outros profissionais como educadores da cidade. Oferecemos gentileza e recebemos reconhecimento”, comemorou o subprefeito, Roberto Arantes.

Outra iniciativa premiada, a plataforma Paraná Contra a Covid-19 é formada por diversos profissionais de distintas áreas do conhecimento e tem o objetivo de catalogar, analisar, monitorar e enfrentar os impactos da crise sanitária e social. Carol Maziviero, que representou o coletivo na entrega dos prêmios durante o ENSA, aproveitou a oportunidade para salientar que até agora a cidade não apresentou um plano emergencial de combate à pandemia, sobretudo voltado aos grupos ais vulneráveis – pessoas em situação de rua e em risco fundiário. “O poder municipal foi acionado por diversas frentes de entidades, mas até agora não tivemos um retorno positivo”, disse.  Segundo Carol, é preciso provocar as cidades para que façam uma campanha por planos emergências de combate a pandemia que além do aspecto da saúde, mas também do saneamento, da educação, da economia e da habitação.

O último projeto premiado da noite, o Coletivo Salve Natal foi representado pela arquiteta e urbanista Sarah Andrade, que destacou que em apenas seis meses, a iniciativa já rendeu uma grande experiência no que se refere à luta por uma Natal mais cidadã. ‘Nossa atuação é focada em demandas sociais, de ocupação da sociedade nos espaços do poder público, buscando construir caminhos que coloquem as pessoas como centralidade de políticas públicas, de uma cidade mais lúdica e verde”, destacou. O Salve Natal ganhou visibilidade pois conseguiu barrar o processo de revisão do Plano Diretor de Natal – cuja gestão municipal tentou emplacar diversas mudanças na cidade sem a participação popular.

A live completa pode ser conferida no link https://www.youtube.com/watch?v=fiVL7DR52rA

O Ensa é uma promoção da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas conta apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). A programação segue até domingo (6/12).

Confiram o que rolou no chat:

Dânya Silva
Parabéns Maria Inês Sugai, muito presente na vida e na formação de muitos de nossos profissionais.

Luíza Coqueiro
Parabéns querida professora Maria Inês!

Vania Burigo
Parabéns, querida Maria Inês!!! Merecido reconhecimento por seu trabalho na formação de tantos arquitetos e arquitetas!

Presidente FNA
O SASC tem feito um trabalho muito presente e dinâmico, com grandes contribuições.

Cicero Alvarez
Maravilhosa a fala da Maria Inês! Parabéns aos colegas do SASC!

Antonio Couto Nunes
Parabéns Maria Inês!!! Muito merecido, feliz em ter tido a sorte de ser seu aluno e orientando!!

Beatriz Fleury e Silva
Parabéns colega Maria Inês! Muito feliz por vc e mais ainda de tê-la conosco no Brcidades!

Sueme Freitas
Prêmio merecido! Viva também a FNA, viva o SASC! Tão importantes para nós e que seguem lutando e resistindo bravamente toda essa conjuntura!

Regina Monteiro​
Muito orgulho desta iniciativa em São Paulo, o Programa Gentileza Urbana. Parabéns Robert por permitir essa transformação na Paisagem de São Paulo.

Mari FK​
Projeto gentil para cidade criado por pessoas gentis. A Comunidade do Viva Pacaembu parabeniza essa conquista.

Ormy Hütner Junior
Viva a infraestrutura verde urbana!!! por cidades mais biofílicas

Lo Vaccari​
Parabéns à equipe do PR Contra Covid! Iniciativa extremamente relevante, especialmente nesse momento!

Guivaldo D’Alexandria Baptista​
Parabéns FNA por realizar mais uma premiação e parabéns aos premiados!

 

 

 

 

 

 

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