Visando oferecer serviços que contribuam com o andamento de seus sindicatos filiados, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) vem auxiliando a ação estadual com projetos de apoio nas áreas de gestão, contábil, jurídica e comunicação. Um dos ganhos obtidos em 2020 foi a implementação de serviço jurídico prestado elo escritório LBS advogados. Além The post Apoio da FNA em serviços garante informação e organização nos estados appeared first on FNA.Read More

Visando oferecer serviços que contribuam com o andamento de seus sindicatos filiados, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) vem auxiliando a ação estadual com projetos de apoio nas áreas de gestão, contábil, jurídica e comunicação. Um dos ganhos obtidos em 2020 foi a implementação de serviço jurídico prestado elo escritório LBS advogados. Além de assessoria jurídica, a empresa auxiliou a federação e seus sindicatos com informações essenciais para seu funcionamento ao longo do ano, fornecedor pareceres jurídicos sobre questões trabalhistas, administrativas e fiscais.

“A LBS agregou um vasto material e uma rede ampla de informações jurídicas relacionados ao direito sindical”, ponderou a presidente da FNA, Eleonora Mascia. Um dos temas abordados foi a nova lei de proteção de dados, cujo parecer jurídico deve ajudar os sindicatos a atuarem junto a seus associados. O resultado foi alvo de reunião na noite desta quarta-feira (2/12), que contou com apresentação dos Grupo de Trabalho (GT) Jurídico e do GT Financeiro. Outra inciativa destacada na apresentação é a proposta de elaboração de um guia orientativo com um passo a passo para as futuras gestões que assumirem as diretorias.

Coordenador do GT Jurídico, o vice-presidente da FNA, Ormy Hütner Jr, fez um relato das atividades realizadas ao longo de 2020. Entre as metas para 2021, indicou ele, está a reformulação do estatuto dos sindicatos, a elaboração de um manual sobe assédio moral e a sistematização de canais de denúncia nos estados. O GT ainda pretende criar um sistema para viabilizar a incorporação de estudantes de arquitetura e urbanismo ao quadro dos sindicatos (projeto Juventude FNA).

A advogada Glaucia Costa, da LBS, fez um relato minucioso das ações realizadas em 2020 e colocou-se à disposição para interagir com os sindicalistas por meio da consultoria da FNA. “A ação de um jurídico centralizado ajuda a se montar uma estratégia conjunta para a categoria”, pontuou a advogada. A ação do GT foi elogiada por Hütner Jr: “Este é um grupo estratégico, que oferece um debate importante para quem encaminha uma demanda, mas valioso também para os demais sindicatos porque as dúvidas são comuns”.

Na sequência, foi a vez do GT Financeiro apresentar sua organização e projetos. A secretária de Finanças da FNA, Juliana Betemps, salientou que, assim como toda a sociedade, a FNA se reinventou em 2020. Como nem tudo é ruim, a pandemia permitiu redução de gastos da federação e viabilizou aporte extra para ajuda aos sindicatos nas áreas contábil, jurídica e de comunicação. O contador e representante da VSS, Valtuir Silveira, atua na organização das contas dos sindicatos de forma a viabilizar caminho aberto para parceria e convênios que os permitam realizar novas ações em prol de seus associados. “Se depender da parte contábil, trabalharemos para que as entidades possam estar abertas e atuantes”.

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“Há um grande consenso no Brasil: o de que os pobres podem ser deixados para depois.” Foi com essa frase que o médico epidemiologista Ion de Andrade, colaborador do movimento BR Cidades, definiu o grande abandono que as questões urbanas para as zonas mais vulneráveis sofrem nas consecutivas gestões públicas, sejam elas de direita ou The post Profissionais defendem urgência nos modelos participativos de acesso à cidade appeared first on FNA.Read More

“Há um grande consenso no Brasil: o de que os pobres podem ser deixados para depois.” Foi com essa frase que o médico epidemiologista Ion de Andrade, colaborador do movimento BR Cidades, definiu o grande abandono que as questões urbanas para as zonas mais vulneráveis sofrem nas consecutivas gestões públicas, sejam elas de direita ou de esquerda. Participante de live do 44º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (Ensa), na noite de quarta-feira (2/12), o profissional da área da saúde denunciou o abandono que os brasileiros vivem quando o assunto é direito à moradia. “Eu me sinto cansado de pregar para ouvidos surdos. Pessimista da razão, otimista da ação, como diria Gramsci.”

Com “bons, maus e muito-maus” exemplos do que seriam projetos urbanos, Andrade defendeu a constante construção coletiva entre poder público, profissionais e comunidades como uma das únicas formas de vencer a desigualdade nas cidades. O médico expôs, durante a sua apresentação, o projeto Rede Inclusão com origem em Natal (RN). A iniciativa trata-se de um instrumento colaborativo para fazer chegar às periferias e zonas rurais do Brasil o acesso às políticas públicas inclusivas e equipamentos coletivos para o esporte, a cultura e o lazer. Segundo ele, para a efetiva implementação de um projeto como este, o custo médio para os orçamentos municipais das capitais seria de 0,58%, ou de 0,2% para o orçamento federal. “Precisamos destinar orçamentos públicos prioritários para sanar a chaga da exclusão social” conclamou.

O sistema excludente em que as cidades foram desenhadas, principalmente a cidade de Brasília (DF), foi o destaque da fala da arquiteta e urbanista Mariana Bomtempo, secretária do ArquitetosDF, que também participou do evento.  “Temos que ter claro que estamos nadando contra a corrente. Contra o patriarcado, o racismo, o sistema capitalista”, pontuou sobre os profissionais que trabalham com assistência técnica social. Segundo Mariana, Brasília é uma cidade nova, elitista e que carrega o peso de ter sido projetada por Oscar Niemeyer e patrimônio cultural da humanidade. As problemáticas sociais acabaram sendo ofuscadas durante muito tempo. Porém, atualmente, ela percebe movimentos de mudança, principalmente entre os estudantes de Arquitetura e Urbanismo. “Vejo no futuro dos estudantes e na questão da extensão uma estratégia.”

Com larga experiência, justamente, entre os estudantes, a professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) Maria Lúcia Refinetti explicou sobre o projeto de residência em AeU desenvolvido naquela instituição. “Foi um desafio muito grande de tentar construir uma atividade remunerada, de período integral e que atua com algum compromisso de que aquilo vai se desdobrar e está interagindo com o poder público”, contou sobre a experiência. Comparando a ideia com a residência do curso de Medicina, que foi criada a partir de uma intersecção do Ministério da Educação e o Ministério da Saúde, Maria Lúcia defendeu a integração entre os profissionais que atuam na saúde pública e os arquitetos e urbanistas. “O que me levou à saúde pública foram as limitações do urbanismo. A gente deve buscar a residência multiprofissional”, defendeu.

Mediando o debate, o secretário de Políticas Públicas e Relações Institucionais da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) Patryck Carvalho afirmou que um grande desafio para os profissionais da área é fazer a sociedade brasileira entender as questões urbanas. “Isso só pode virar política pública quando for demanda social. A gente acabou de passar por um processo eleitoral em que, na maioria do país, essas questões estão longe dos debates e das plataformas que vão conduzir nossas cidades nos próximos anos”, destacou. Ao final da transmissão, Patryck fez um pedido singular: “Que a gente continue acreditando nas brechas, até que elas virem espaços de abertura e de passagem”.

A live completa pode ser conferida no link https://www.youtube.com/watch?v=Chn4oZEdiT0.

O Ensa é uma promoção da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas conta apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). A programação segue até domingo (6/12).

 

No Chat: Confira aqui alguns comentários que chamaram atenção no chat da live:

Eleonora Mascia
“O programa MCMV Entidades foi uma fonte importante para ATHIS junto ao movimento popular.’

Lucia MoraesÍon
“Nosso parceiro na luta pelo direito à Cidade. Mãe Luiza é um grande exemplo de participação popular, contando com a participação ativa de Íon.’

Carin D Ornellas
“Precisamos da força dos jovens que FAZEM!”

Ronaldo Sá Oliveira
“Conte conosco para acompanhamento de normas ABNT como já fizemos no passado. As normas continuam sendo criadas sem ouvir os arquitetos.’

Sinarq MG
“A necessidade de mudança com a COVID, faz c que a necessidade de ATHIS seja uma demanda social!”

Dânya Silva
“Os governos municipal ou estadual são despreparados para fazer as devidas regulações fundiárias, desapropriar e indenizar a área principal, para regularizar a posse, tornando o lote legal.”

Oritz Campos
“Parabéns FNA pela programação extensa, profunda e envolvente.”

Diana Bogado
“Mariana Bomtempo mais uma vez com colocações excelentes. Não se modifica a lógica de exploração capitalista que não seja invertendo também a lógica colonialista, racista e machista.”

Imagem: Reprodução Youtube

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Os sindicatos vêm reforçando a ação voltada às comunidades e buscando fortalecer a implementação de Lei de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS) e outras ações de forma a promover maior engajamento da categoria com as causas das cidades e as populações mais vulneráveis. No final da tarde desta quarta-feira (2/12), o Sindicato The post Força social é referência no DF, PR e AM appeared first on FNA.Read More

Os sindicatos vêm reforçando a ação voltada às comunidades e buscando fortalecer a implementação de Lei de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS) e outras ações de forma a promover maior engajamento da categoria com as causas das cidades e as populações mais vulneráveis. No final da tarde desta quarta-feira (2/12), o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Amazonas (SINDARQ-AM), o Sindicato dos Arquitetos no Distrito Federal (Arquitetos DF) e o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (SINDARQ-PR) apresentaram suas ações voltadas à comunidade em uma tarde de interação e grandes ideias.

Representando o Arquitetos DF, a diretoria Julia Lins Bittencourt pontuou que o atendimento é focado na população de média e baixa renda e que projetos vêm sendo executados para dar o ponta pé em apoio a essas comunidades. Pelo Amazonas, a arquiteta e urbanistas Heloisa Sílvio citou movimentos de arquitetos que vêm levando, voluntariamente, informação às comunidades. Por meio do nome “Arquitetos na vizinhança”, o grupo leva palestras às comunidades de conscientização sobre o direito à moradia. Segundo a arquiteta Susana Magalhães, que também integra o movimento, o projeto foi fundado em junho de 2019 e consiste em uma consultoria gratuita. De lá para cá, informa ela, o projeto ganhou novos adeptos. Entre os principais problemas enfrentados pelos arquitetos que estão integrados ao programa, estão casos de conflitos por abertura de janelas para o vizinho e ligações de energia clandestina.

Pelo SINDARQ-PR, a arquiteta Lorreine Vaccari detalhou as ações adotadas nos últimos anos que resultaram em visibilidade e valorização do sindicato na comunidade de Curitiba. Além de proposição de emendas ao pano diretor, pontuou projeto como o “Zoneamento de Curtiba vai dar bolo”, que criou pressão política para estimular maior debate sobre o tema. Abusando da criatividade, o grupo levou um bolo para a rua, motivando profissionais e comunidade a inteirarem-se do debate. “Estavam atropelando a discussão”, justifica. Ainda citou ações locais que tiveram apoio da FNA com vista a estimular a contratação de projetos por meio de concursos. Entre as bandeiras futuras, estão exatamente projetos focados em assistência técnica e na maior realização de concursos.

O esforço do SINDARQ-PR vem dando resultado. Segundo Lorreine, o tema da moradia e da assistência técnica passaram a conquistar o debate de candidatos às prefeituras. “O tema começou a aparecer nos discursos e debates. Aqui, como vivemos em uma cidade modelo, não tem favela, nem áreas de ocupação irregular. Até um pedacinho da cidade isso realmente é verdade”, ironizou, lembrando que menos de 1% do orçamento municipal é investido em habitação.

Nesta quinta-feira (3/12), haverá apresentação dos projetos do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Minas Gerais (Sinarq/MG). O 44º ENSA segue até domingo com programações virtuais.

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