O Grupo de Trabalho (GT) da Comunicação, colegiado instituído para definir rumos e projetos nacionais em comunicação sindical, reuniu-se no dia 4 de novembro para definir metas e encaminhamentos a serem propostos durante o 44º ENSA, de 30 de novembro a 6 de dezembro. Contando com representantes de diferentes regionais, o encontro pontuou algumas proposições, The post GT de Comunicação alinha projetos para 2021 appeared first on FNA.Read More

O Grupo de Trabalho (GT) da Comunicação, colegiado instituído para definir rumos e projetos nacionais em comunicação sindical, reuniu-se no dia 4 de novembro para definir metas e encaminhamentos a serem propostos durante o 44º ENSA, de 30 de novembro a 6 de dezembro. Contando com representantes de diferentes regionais, o encontro pontuou algumas proposições, entre elas a realização de uma pesquisa nacional sobre o perfil dos Arquitetos e Urbanistas. O grupo também debateu a possibilidade de produção de vídeo que aborde a valorização da profissão e de um e-book que ajude a orientar jovens profissionais sobre os desafios da carreira e a ação das principais entidades. “São projetos que apresentaremos durante o ENSA e que estão sendo construídos de maneira democrática com apoio e colaboração dos diretores dos sindicatos. Estamos muito satisfeitos com os rumos do GT da Comunicação”, pontuou a arquiteta e urbanista e secretária de Educação, Cultura e Comunicação Sindical da FNA, Fernanda Lanzarin.

Durante o encontro, representantes dos sindicatos falaram sobre os ganhos de unidade na comunicação entre a FNA e seus sindicatos obtidos em 2020 com o projeto de apoio aprovado. O GT sugeriu que, com o fim da ação prevista para dezembro, o movimento tenha sequência por meio do aproveitamento de peças produzidas pela própria FNA. “O que vimos foi uma mudança de visão”, comemorou a diretora do Saergs Taiane Beduschi. Posição compartilhada pelas dirigentes sindicais Heloísa Silva, do SINDARQ-AM, e Mariana Andrade, do SASC. A representante do Sinarq/RN, Manuela Carvalho, completou que a campanha de valorização dos sindicatos trouxe ganhos diretos tanto na motivação do time do sindicato quanto em termos de mobilização de base e novos sócios.

O diretor do SINDARQ-MS Thiago Petillo sugeriu a realização de permutas locais que viabilizem contratação de profissional para a área de comunicação. Outra proposição é de profissionalizar a gestão do sindicato de forma a explorar mais suas potencialidades de arrecadação e auxílio aos profissionais.

O Grupo de Trabalho Jurídico também já realizou sua reunião preparatória para o 44º Ensa. Segundo o coordenador do trabalho, o vice-presidente da FNA, Ormy Hutner Jr, o debate no dia 26 de outubro pontuou alguns projetos para 2021.

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A menos de uma semana do primeiro turno das eleições que começará a definir os nomes dos próximos gestores (prefeitos, vice-prefeitos e vereadores) de 5.570 municípios brasileiros,  a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA)  conclamou seus sindicatos filiados a pontuarem quais as prioridades que os futuros eleitos precisam abraçar para tornar as cidades mais justas, democráticas e sustentáveis.

A série “Viver a Cidade é Construir o Futuro” abre com o posicionamento de Minas Gerais, sob a ótica dos arquitetos e urbanistas Dulce Magalhães e Eduardo Fajardo Soares, integrantes da diretoria do Sinarq-MG.

1. Quais os 5 pontos devem ser priorizados pela nova gestão em sua cidade?

O primeiro trata da questão das águas urbanas e do saneamento básico em cinco eixos: abastecimento, esgoto, controle de vetores, resíduos sólidos e drenagem urbana, sobretudo em Belo Horizonte, após a destruição causada pelas chuvas extraordinárias que ocorreram de 2020. Em relação a este último ponto, é preciso construir cidades mais permeáveis, abandonar as antigas práticas de ‘tampar’ os cursos d’água. Em vez disso, tentar recuperá-los, para devolvê-los à cidade. Além disso, adotar pisos mais porosos onde for possível, prever áreas de acumulação de águas de chuva que possam retardar o escoamento em períodos de chuvas mais intensas. No Novo Plano Diretor de BH, parte da outorga onerosa pode ser paga pelas soluções de projeto que privilegiem a permeabilidade do solo.

O segundo ponto é desenvolver habitação de interesse social como forma de resolver questões ambientais, desocupar as margens de córregos e fundos de vale. Em infraestrutura urbana é impossível não buscar solução para o problema da moradia digna para as populações em vulnerabilidade social.  Com a pandemia ficou evidenciado o quanto a questão da moradia impacta em questões como saúde e saneamento. Outra prioridade é a proteção das áreas verdes, áreas de diretrizes especiais, nascentes e cursos d’água. Neste quesito, será necessário aumentar a fiscalização e a pressão da população junto ao Poder Público no sentido de fazer valer as leis existentes, inclusive o novo Plano Diretor, o que passa pela ampliação da conscientização da população para esta causa e da instrumentalização  das lideranças de bairro com informações e/ou cursos sobre os dispositivos legais que podem acionar para ajudá-los proteger essas áreas. A mobilidade urbana é outra prioridade, que deve se dar a partir do incentivo a outros modais e implementação de ciclovias, meios e transporte coletivos mais eficientes como linhas de metrô, ou meios de transporte integrados. Incentivar a criação de novas centralidades, como prevê o Novo Plano Diretor. A redução das desigualdades sociais surge como outra causa que precisa ser enfrentada. Investir na educação para todos: no ensino público, na formação dos professores, em melhores salários para esta categoria, na manutenção das edificações. Esta prioridade deve partir já no ensino da primeira infância, quando a criança pode ser cativada pela escola e ver nela uma segunda casa que pode contribuir para a sua transformação. Criar mais escolas públicas de ensino integral e de cunho técnico, podendo haver, inclusive, uma integração com os setores da indústria e do comércio para oportunizar o primeiro emprego.  E, ainda no âmbito da educação, é necessário ampliar os programas de alfabetização para adultos e idosos.

2.Como é possível recuperar e fortalecer o papel dos municípios e da sociedade civil nas decisões/discussões voltadas a políticas públicas urbanas?

Gerar repercussão de temas de interesse nas grandes mídias e em mídia alternativas para que a sociedade possa se envolver e se conscientizar que o que é ‘público’ é de todos. Essa é uma forma de desconstruir a noção quase cultural no Brasil de que o que é público não e de ninguém. Em Belo Horizonte, há um grande exemplo recente de mobilização social em defesa da aprovação do Novo Plano Diretor. Essa mobilização uniu vários segmentos afins e oportunizou a aproximação de pessoas com algum interesse. Eles pressionaram vereadores para aprovarem um Plano Diretor mais inclusivo e mais ‘amigo’ da cidade. É necessário despertar nas pessoas a consciência de como as questões das políticas públicas as afetam para que se identifiquem e possam se envolver com estas de forma mais participativa. Em outra parte, é necessário lembrar aos políticos eleitos que a obrigação deles é trabalhar para o bem comum, pressionando esses gestores durante todo o mandato e não apenas em época de eleição.

3.Como está a implementação da ATHIS em sua cidade e como é possível ampliá-la?

Há algumas iniciativas bem sucedidas em Belo Horizonte, como ‘Arquitetas sem Fronteiras’ e ‘Arquitetura na Periferia’. Para ampliá-las é necessário trabalhar na sua regulamentação no nível municipal, fomentar o trabalho junto às novas ocupações, às associações comunitárias de bairro, principalmente os de periferia, além de aumentar o trabalho junto às faculdades de Arquitetura.

4.Que medidas sugere para amenizar os impactos da pandemia e preparar as cidades para o enfrentamento de crises sanitárias similares?

A intensificação da ATHIS é fundamental para levar saúde às casas em vilas e favelas.  Retomar os programas de habitação digna para as populações carentes, melhorar e investir no SUS para que ele não acabe e continue sendo referência em vários tratamentos com o é hoje. Também é preciso aumentar a capacidade de atendimento nos hospitais, postos de saúde e afins. Em relação à educação, é necessário capacitar cada vez mais professores e alunos às mídias digitais de forma que cada vez mais seja viável o ensino –  paliativo –  através de plataformas digitais. O mesmo deve ser aplicado em relação ao teletrabalho, que precisa ser democratizado.  Por último, criar novas áreas verdes e áreas de respiro nas cidades.

Fonte: FNA

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O segundo posicionamento da série “Viver a Cidade é Construir o Futuro” sobre o que precisa ser feito para melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras vem de Santa Catarina, com a participação de representantes do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Santa Catarina (SASC). 1. Quais os 5 pontos devem ser The post Viver a Cidade é Construir o Futuro: Santa Catarina mostra o que é preciso melhorar appeared first on FNA.Read More

O segundo posicionamento da série “Viver a Cidade é Construir o Futuro” sobre o que precisa ser feito para melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras vem de Santa Catarina, com a participação de representantes do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Santa Catarina (SASC).

1. Quais os 5 pontos devem ser priorizados pela nova gestão em sua cidade?
Entendemos como primeiro ponto prioritário a gestão urbana democrática, com o Estado atuando na defesa do interesse comum. Isso porque as forças que regem a construção das cidades brasileiras são extremamente desiguais. Dessa forma, nossas cidades materializam essas desigualdades. Com uma gestão cada vez mais participativa e democrática, o interesse comum é cada vez mais respeitado, construindo uma cidade mais igualitária para todas e todos. Uma gestão democrática e propriamente participativa das políticas públicas fortalece o bem comum. É papel do Estado dar todas as ferramentas e garantir uma gestão transparente e conjunta para todos os âmbitos da vida pública, levando em consideração todas as vozes da cidade. O segundo ponto é o combate às desigualdades, onde o poder público precisa desenhar as políticas públicas sempre a partir da visão daqueles sem acesso às infraestruturas básicas. Os investimentos públicos, por mais que devam trazer desenvolvimento a todos os setores da comunidade, devem priorizar aqueles que têm seus direitos fundamentais mais cerceados, direitos esses que devem ser garantidos pelo próprio Estado. Isto é, com investimentos públicos feitos de forma participativa e bem direcionada, é possível estabelecer condições mínimas de igualdade dentro das cidades. Habitação/regularização fundiária/função social da cidade e da propriedade/patrimônio histórico cultural surge é outro ponto essencial, pois entendemos que toda porção de terra possui um papel dentro de um sistema mais amplo. E esse papel deve ser, antes de mais nada, social, especialmente quando estamos nos referindo ao espaço urbano; este que é tão denso e disputado. A cidade foi criada pelo ser humano justamente para dar espaço às relações sociais, e ela deve permanecer sempre leal à sua função maior, que é dar espaço ao constante desenvolvimento social, mantendo sempre sua memória. Faz parte do papel dos municípios garantir que os espaços das cidades protejam e garantam o acesso das pessoas aos seus direitos mais básicos, como moradia por exemplo. Para isso, deve-se proteger a função social da terra urbana, com acesso à infraestrutura necessária para a vida de todas as pessoas, nunca abrindo mão da manutenção da memória, através do cuidado com o patrimônio material e imaterial historicamente construído por elas. Em quarto lugar, apontamos a acessibilidade e mobilidade urbana como prioridade, uma vez que todos precisam ter seus direitos garantidos, e isso passa pela acessibilidade. A habitação, a educação, a saúde precisam ser acessados de alguma forma, e dentro do contexto urbano, a mobilidade tem se mostrado um desafio cada vez maior. A desigualdade territorial nas cidades brasileiras tem dificultado cada vez mais o acesso das pessoas às suas necessidades mais básicas, pela construção histórica de barreiras – físicas, econômicas ou sociais – dentro do meio urbano. É preciso reestruturar a forma de acesso das pessoas à cidade, garantindo uma mobilidade universal e segura, priorizando formas mais sustentáveis de mobilidade. Como quinto ponto, destacamos cidades mais seguras para mulheres, LGBTs, idosos, crianças e público vulnerável. Todos têm o direito de viver plenamente, de sentir-se seguros e poder acessar todo e qualquer lugar sem sofrer nenhum tipo de violência. O espaço público deve estar sempre preparado para dar suporte aos mais diferentes tipos de pessoas, e mais do que suporte, deve encorajar seu uso. Uma cidade com bons espaços públicos traz um uso mais qualitativo do meio urbano, e a presença das pessoas nesses espaços traz uma maior segurança a eles.

2.Como é possível recuperar e fortalecer o papel dos municípios e da sociedade civil nas decisões/discussões voltadas a políticas públicas urbanas?
Qualquer cidadão hoje vive em intensa relação com a cidade. É na cidade que as pessoas acessam todo e qualquer tipo de serviço ou direito. As escolas, hospitais, comércios, alimentação, relações sociais, tudo hoje está no território da cidade. É papel do município, dessa forma, garantir o acesso das pessoas a esses serviços. É papel também do município dar voz aos seus cidadãos. Somente uma comunidade forte possibilita um governo local forte. Facilitar o acesso da população no âmbito das tomadas de decisão é essencial para um projeto socialmente sustentável de cidade.

3.Como está a implementação da ATHIS em sua cidade e como é possível ampliá-la?
Em primeiro lugar, é preciso ter uma garantia de recursos municipais públicos, que entre outras possibilidades, pode ser colocada em prática com instrumentos do estatuto da cidade. Porém, é preciso ter uma conscientização da população sobre seu direito constitucional à moradia, do impacto das condições habitacionais na saúde e no bem estar das famílias. É preciso compreender que a ATHIS pode ser colocada em prática com baixo custo, em relação aos investimentos em habitação através de grandes empreendimentos. É, afinal, um investimento de grande valia, por garantir o acesso à moradia de forma segura, saudável, inteligente e economicamente viável.

4.Que medidas sugere para amenizar os impactos da pandemia e preparar as cidades para o enfrentamento de crises sanitárias similares?
Uma casa saudável faz uma família saudável, e para que as nossas construções sejam saudáveis, é preciso planejá-las de forma adequada. Para isso, o conhecimento técnico de arquitetos e engenheiros pode ser usado, para que cuidem das moradias e cidades, assim como profissionais da saúde cuidam das pessoas que habitam nessas moradias e cidades. O fortalecimento da saúde pública passa pelas nossas construções. Para além do espaço da casa, a cidade deve também ser saudável para que seus cidadãos também sejam saudáveis. Os espaços públicos devem ser centrados nas pessoas, fornecendo um local livre de poluição de qualquer tipo. Além disso, a crise sanitária em que vive o mundo hoje trouxe novos olhares sobre a saúde coletiva, chamando a atenção às condições de higiene e distanciamento necessárias. Trouxe também uma atenção especial aos deslocamentos na cidade, trazendo uma necessidade de encurtar as distâncias a se vencer no dia a dia, dando ênfase à um consumo mais local, em detrimento das grandes distâncias.

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