Para debater sobre como é tratada a questão ética no ensino atual de Arquitetura e Urbanismo em uma época marcada pela constante precarização do trabalho, professores da Universidade Feevale, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Universidade Federal The post Fórum Saergs aborda a ética no ensino de Arquitetura e Urbanismo em live appeared first on FNA.Read More

Para debater sobre como é tratada a questão ética no ensino atual de Arquitetura e Urbanismo em uma época marcada pela constante precarização do trabalho, professores da Universidade Feevale, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) participarão, na próxima terça-feira (10/11), da sétima live do Fórum Saergs no Mundo do Trabalho. A transmissão ocorre às 19h, através do canal no YouTube e da página do Facebook do Saergs.

A mediação fica a cargo do arquiteto e urbanista e diretor do Saergs Rodrigo Barbieri, que ressalta a importância de aproximar as entidades de discussões sobre assuntos como esse em um momento delicado para o mundo do trabalho. “O Sindicato e as escolas precisam trabalhar juntos neste sentido, reforçando a ideia de classe profissional”, enfatiza.

O Fórum Saergs no Mundo do Trabalho é uma promoção do Sindicato dos Arquitetos no Estado do RS, tem o patrocínio do CAU/RS e apoio da FNA, IAB, Fenea e CUT.

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O ‘cinza’ urbano que predomina no centro da cidade de São Paulo está sendo, aos poucos, quebrado. A região que compreende oito distritos, cerca de 600 mil moradores fixos e um fluxo médio diário que alcança 4 milhões de pessoas está mais ‘verde’ e sustentável aos olhos da população e mais funcional quando falamos em The post Projeto Gentileza Urbana quebra o cinza do centro de São Paulo appeared first on FNA.Read More

O ‘cinza’ urbano que predomina no centro da cidade de São Paulo está sendo, aos poucos, quebrado. A região que compreende oito distritos, cerca de 600 mil moradores fixos e um fluxo médio diário que alcança 4 milhões de pessoas está mais ‘verde’ e sustentável aos olhos da população e mais funcional quando falamos em meio ambiente. Com o intuito de aumentar a permeabilidade urbana na região central e promover a arborização de espaços em uma região, em maio de 2019 foi lançado o projeto Gentileza Urbana, idealizado por uma equipe de profissionais que atua na Subprefeitura da Sé. A iniciativa foi vencedora do Prêmio FNA 2020 e será homenageada na noite de 4 de dezembro, durante do ENSA-Digital.

Com o aval do subprefeito Roberto Arantes, o arquiteto e urbanista André Tostes Graziano, o biólogo Rodrigo Soares Silva e o engenheiro Remy Silva, deram início ao trabalho de intervenção em pontos sensíveis da capital paulista – detectados pelo histórico acúmulo de água da chuva que por muitas vezes gera transtornos a pedestres e a motoristas. Vale lembrar que a região da é reconhecida como a menos arborizada da cidade de São Paulo por conta do seu caráter histórico de ocupação.

Equipe do Gentileza Urbana: Rodrigo Silva, Roberto Arantes, Remy Silva e André Graziano

A primeira ação, com o apoio da equipe de obras da Subprefeitura da Sé, foi a criação de Bosques de Conservação Urbanos – considerados pela subprefeitura uma nova unidade de conservação municipal. Foi na região da Avenida do Estado, no Parque Dom Pedro, com a implantação de dois bosques que levam o nome de pássaros: Maritacas e Bem-te-vi. No Maritacas, por exemplo, toda a topografia foi refeita em uma área de 3.600 metros quadrados junto a alça de acesso ao viaduto. O projeto buscou manter a água da chuva ali mesmo, sem escorrer para outros pontos. Ou seja, o que o bosque recebe de contribuição de chuva que fica no local. No Bem-te-vi, além da mesma proposta, foram plantadas 1.400 mudas de árvores, numa iniciativa que teve o Governo do Estado como parceiro.  “As intervenções consistem na revitalização dos espaços, com o uso de bastante verde, onde predominam também aspectos como humanização, sustentabilidade e atratividade”, destaca Graziano. Segundo ele, em todas as obras, vão sendo aplicados, paralelamente, conceitos considerados complementares, que são acessibilidade, dinamismo, paisagismo. “Não é só quebrar o chão e abrir área para conseguir a infiltração da água. A proposta é já que vamos fazer isso, que seja o melhor projeto paisagístico possível, com muita biodiversidade”, afirma o arquiteto e urbanista, cuja equipe começa a ganhar fama de ‘quebra asfalto”.

No Bem-te-vi, foram plantadas 1.400 mudas de árvores, numa iniciativa que teve o Governo do Estado como parceiro

Cada intervenção do Gentileza Urbana gera outra Gentileza Urbana por parte da população. O que começou de forma tímida ganha cada vez mais visibilidade e apoio da comunidade. É comum o retorno positivo da população – o que se dá principalmente por meio de associações de bairros e jornais de bairros. O próprio subprefeito, Roberto Arantes, é um dos maiores incentivadores do projeto, tanto que acompanha pessoalmente muitas vezes as equipes nas obras da região central.

Um dos modelos de jardins de chuva implantados

O entorno dos bosques implantados na região do Parque Dom Pedro ainda recebeu modelos de jardins de chuva e de biovaletas para coletar água da chuva dentro do foco de se buscar a permeabilidade do local. As ações de colheitas de água pluvial têm sido implantadas em todos os distritos da região central, no entanto, o primeiro grande sistema de chuvas foi feito na região do Pacaembu, na Rua Major Natanael, que liga a Avenida Doutor Arnaldo ao Estádio do Pacaembu, com forte declividade. Em quase três mil metros quadrados foram implantados 13 jardins de chuva de diferentes dimensões. Em um ano de implantação, o sistema apresentou capacidade de retenção de água equivalente a 5% do piscinão do Pacaembu. “Nenhum grama de terra saiu do lugar, mesmo com as fortes chuvas recentes na cidade. Isso mostra que a vegetação tem se apropriado dessa água e a devolvido nesta primavera, em forma de flores e vida”, comemora Graziano, salientando que o projeto é desenvolvido em áreas de diferentes tamanhos, de “minúsculas a gigantescas”.

O Gentileza Urbana ainda reserva uma ação totalmente inovadora no Brasil, que são as chamadas Vagas Verdes. A modalidade consiste na remoção do espaço ocupado por um carro estacionado para ser transformado em um jardim que coleta água da chuva – permitindo o plantio de árvores e até mesmo mobiliários como bancos e mesa de jogos. Além da escolha do local que respeita diversos critérios técnicos para não entrar em conflito com outras instâncias municipais, o projeto ainda recebe pedidos de moradores interessados em transformar vagas em jardins. “Fizemos um chamamento para saber quem tinha interesse nas Vagas Verdes. De imediato recebemos 36 retornos positivos”, relata Graziano. Além do projeto em si, que transforma o local num espaço agradável e de convivência, o modelo do Gentileza Urbana produz algo que muitas vezes supera o projeto em si. “A comunidade passa a fazer parte disso tudo. Cuida para que não seja depredado. São ações gentis ao ponto de as pessoas começarem a responder a elas e à cidade fazendo parte desses processos”, define o arquiteto.

A proposta agora é fazer com que as ações do Gentileza Urbana se tornem políticas públicas permanentes, independentemente de governos que assumam a cidade. Enquanto isso não acontece, as ‘gentilezas’ continuam e devem chegar no final do ano com mais de 10 mil metros quadrados de jardins de chuva implantados – um volume que supera o plano da cidade de Nova York para 2021, além de mais 10 mil metros quadrados de bosques de conservação urbanos.  As Vagas Verdes devem somar 22 pontos até o final de 2020, ocupando espaços que variam de 10 a 25 metros quadrados.

Vagas verdes ocupam espaço de um automóvel. Além da coleta da água da chuva e arborização, recebem equipamentos para lazer

 

Foto principal: Bosque das Maritacas

Imagens de Carol Prado / Subprefeitura da Sé

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A menos de uma semana do primeiro turno das eleições que começará a definir os nomes dos próximos gestores (prefeitos, vice-prefeitos e vereadores) de 5.570 municípios brasileiros,  a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA)  conclamou seus sindicatos filiados a pontuarem quais as prioridades que os futuros eleitos precisam abraçar para tornar as cidades mais The post Viver a Cidade é Construir o Futuro: o que Minas Gerais espera dos novos gestores? appeared first on FNA.Read More

A menos de uma semana do primeiro turno das eleições que começará a definir os nomes dos próximos gestores (prefeitos, vice-prefeitos e vereadores) de 5.570 municípios brasileiros,  a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA)  conclamou seus sindicatos filiados a pontuarem quais as prioridades que os futuros eleitos precisam abraçar para tornar as cidades mais justas, democráticas e sustentáveis.
A série “Viver a Cidade é Construir o Futuro” abre com o posicionamento de Minas Gerais, sob a ótica dos arquitetos e urbanistas Dulce Magalhães e Eduardo Fajardo Soares, integrantes da diretoria do Sinarq-MG.

1. Quais os 5 pontos devem ser priorizados pela nova gestão em sua cidade?

O primeiro trata da questão das águas urbanas e do saneamento básico em cinco eixos: abastecimento, esgoto, controle de vetores, resíduos sólidos e drenagem urbana, sobretudo em Belo Horizonte, após a destruição causada pelas chuvas extraordinárias que ocorreram de 2020. Em relação a este último ponto, é preciso construir cidades mais permeáveis, abandonar as antigas práticas de ‘tampar’ os cursos d’água. Em vez disso, tentar recuperá-los, para devolvê-los à cidade. Além disso, adotar pisos mais porosos onde for possível, prever áreas de acumulação de águas de chuva que possam retardar o escoamento em períodos de chuvas mais intensas. No Novo Plano Diretor de BH, parte da outorga onerosa pode ser paga pelas soluções de projeto que privilegiem a permeabilidade do solo.

O segundo ponto é desenvolver habitação de interesse social como forma de resolver questões ambientais, desocupar as margens de córregos e fundos de vale. Em infraestrutura urbana é impossível não buscar solução para o problema da moradia digna para as populações em vulnerabilidade social.  Com a pandemia ficou evidenciado o quanto a questão da moradia impacta em questões como saúde e saneamento. Outra prioridade é a proteção das áreas verdes, áreas de diretrizes especiais, nascentes e cursos d’água. Neste quesito, será necessário aumentar a fiscalização e a pressão da população junto ao Poder Público no sentido de fazer valer as leis existentes, inclusive o novo Plano Diretor, o que passa pela ampliação da conscientização da população para esta causa e da instrumentalização  das lideranças de bairro com informações e/ou cursos sobre os dispositivos legais que podem acionar para ajudá-los proteger essas áreas. A mobilidade urbana é outra prioridade, que deve se dar a partir do incentivo a outros modais e implementação de ciclovias, meios e transporte coletivos mais eficientes como linhas de metrô, ou meios de transporte integrados. Incentivar a criação de novas centralidades, como prevê o Novo Plano Diretor. A redução das desigualdades sociais surge como outra causa que precisa ser enfrentada. Investir na educação para todos: no ensino público, na formação dos professores, em melhores salários para esta categoria, na manutenção das edificações. Esta prioridade deve partir já no ensino da primeira infância, quando a criança pode ser cativada pela escola e ver nela uma segunda casa que pode contribuir para a sua transformação. Criar mais escolas públicas de ensino integral e de cunho técnico, podendo haver, inclusive, uma integração com os setores da indústria e do comércio para oportunizar o primeiro emprego.  E, ainda no âmbito da educação, é necessário ampliar os programas de alfabetização para adultos e idosos.

2.Como é possível recuperar e fortalecer o papel dos municípios e da sociedade civil nas decisões/discussões voltadas a políticas públicas urbanas?

Gerar repercussão de temas de interesse nas grandes mídias e em mídia alternativas para que a sociedade possa se envolver e se conscientizar que o que é ‘público’ é de todos. Essa é uma forma de desconstruir a noção quase cultural no Brasil de que o que é público não e de ninguém. Em Belo Horizonte, há um grande exemplo recente de mobilização social em defesa da aprovação do Novo Plano Diretor. Essa mobilização uniu vários segmentos afins e oportunizou a aproximação de pessoas com algum interesse. Eles pressionaram vereadores para aprovarem um Plano Diretor mais inclusivo e mais ‘amigo’ da cidade. É necessário despertar nas pessoas a consciência de como as questões das políticas públicas as afetam para que se identifiquem e possam se envolver com estas de forma mais participativa. Em outra parte, é necessário lembrar aos políticos eleitos que a obrigação deles é trabalhar para o bem comum, pressionando esses gestores durante todo o mandato e não apenas em época de eleição.

3.Como está a implementação da ATHIS em sua cidade e como é possível ampliá-la?

Há algumas iniciativas bem sucedidas em Belo Horizonte, como ‘Arquitetas sem Fronteiras’ e ‘Arquitetura na Periferia’. Para ampliá-las é necessário trabalhar na sua regulamentação no nível municipal, fomentar o trabalho junto às novas ocupações, às associações comunitárias de bairro, principalmente os de periferia, além de aumentar o trabalho junto às faculdades de Arquitetura.

4.Que medidas sugere para amenizar os impactos da pandemia e preparar as cidades para o enfrentamento de crises sanitárias similares?

A intensificação da ATHIS é fundamental para levar saúde às casas em vilas e favelas.  Retomar os programas de habitação digna para as populações carentes, melhorar e investir no SUS para que ele não acabe e continue sendo referência em vários tratamentos com o é hoje. Também é preciso aumentar a capacidade de atendimento nos hospitais, postos de saúde e afins. Em relação à educação, é necessário capacitar cada vez mais professores e alunos às mídias digitais de forma que cada vez mais seja viável o ensino –  paliativo –  através de plataformas digitais. O mesmo deve ser aplicado em relação ao teletrabalho, que precisa ser democratizado.  Por último, criar novas áreas verdes e áreas de respiro nas cidades.

 

 

 

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