A parcela da população que forma a maior parte do déficit habitacional do Brasil não está contemplada no mais novo programa de governo voltado à área habitacional, o Casa Verde e Amarela, instituído por meio de Medida Provisória e anunciado nesta terça-feira (25) pela União.  As famílias com renda de zero a três salários mínimos The post Casa Verde e Amarela exclui baixa renda do acesso à moradia appeared first on FNA.Read More

A parcela da população que forma a maior parte do déficit habitacional do Brasil não está contemplada no mais novo programa de governo voltado à área habitacional, o Casa Verde e Amarela, instituído por meio de Medida Provisória e anunciado nesta terça-feira (25) pela União.  As famílias com renda de zero a três salários mínimos ficaram de foram da abrangência do programa, uma vez que esta parcela da população não possui condições financeiras para a contratação de crédito imobiliário – algo sugerido na MP ao anunciar que famílias com renda mensal até R$ 2 mil estarão sujeitas a taxa de juros a partir de 4,25% anual.

O projeto dos governos Lula e Dilma, o Minha Casa, Minha Vida, para faixa de renda familiar até R$ 1800 não previa operações de crédito sujeitas a aprovação cadastral, mas sim, um subsídio que chegava a 95% do valor do imóvel, com prestações que variavam de R$ 80 a 270 conforme a renda familiar. Segundo a integrante da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Evaniza Rodrigues, para acessar o novo programa, as famílias precisarão atender a uma série de critérios (nome limpo no mercado e não possuir dívidas com bancos) e não terão condições de comprová-los para contratar o financiamento habitacional.  “Além disso, também há a chamada análise de risco de crédito dos bancos onde as famílias pobres não têm como ser aprovadas. Ou seja, pela lógica do atual governo elas continuarão a ser excluídas da política habitacional”, destaca. Evaniza manifesta preocupação com a MP pois, no formato em que foi apresentada, consolida a exclusão dos mais pobres do direito à moradia.

“Programa para a faixa de renda até três salários mínimos é alto subsídio”, defende Patryck Carvalho, secretário de Políticas Públicas e Relações Institucionais da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA). Lembrando que mais de 80% do déficit habitacional no país está concentrada nesta faixa de rendimentos, Carvalho entende que a proposta do governo nada mais é do que um programa de financiamento que não atende às necessidades e carências por habitação das famílias brasileiras menos favorecidas. O dirigente chama a atenção, ainda, para os R$ 500 milhões anunciados para regularização fundiária e melhorias habitacionais que serão oriundos de um fundo privado formado por 30 bancos. “Essa parte da MP foi negociada diretamente com a Febraban, e qual seria o interesse dos bancos nisso”?, questiona Carvalho. Para ele, este é apenas mais um sinal de que o Casa Verde e Amarela é um programa de crédito e não um programa social.

Getúlio Vargas de Moura Júnior, presidente da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM), considera a MP um grande retrocesso, pois o centro do déficit habitacional no Brasil se encontra justamente na faixa de renda descoberta pelo programa –  historicamente chamada de habitação de interesse social – foco permanente do sistema nacional de habitação. “Além de ser muito mais uma carta de intenções do que um projeto estruturado, o programa foi lançado sem que houvesse diálogo com a sociedade, pois hoje não temos mais os conselhos das cidades e fóruns de articulação e concessão dessas políticas públicas. Também não vai no centro da questão, que é onde se encontram as famílias que ‘sustentam’ o déficit por habitação no país”, destaca.

O dirigente reforça também que a MP não foi construída pensada como um plano nacional de moradia articulado com uma política nacional de desenvolvimento urbano. “O que foi apresentado não se caracteriza como um projeto nacional para enfrentamento do déficit, diferentemente do Minha Casa, Minha Vida, que veio como uma proposta anticíclica após a crise de 2008/2009, mas que carregava uma função social muito forte”, afirmou o dirigente, destacando que da forma como foi construído o Casa Verde e Amarela se propõe a ser muito mais uma solução para o mercado do que para a realidade habitacional brasileira.  Para o presidente da CONAM, para se colocar uma política habitacional no país não é necessário projetos ou MPs, basta colocar em prática o que já existe, citando a Lei da ATHIS.

Foto: Difotart/Istock

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Representantes dos sindicatos ligados à Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), juntamente com a diretoria executiva e conselhos fiscal e consultivo da FNA, debateram projetos para o 44º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA), a ser realizado de 1º a 6 de dezembro. Primeira edição virtual, o evento ainda está sendo The post Sindicatos debatem formatação de ENSA Virtual appeared first on FNA.Read More

Representantes dos sindicatos ligados à Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), juntamente com a diretoria executiva e conselhos fiscal e consultivo da FNA, debateram projetos para o 44º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA), a ser realizado de 1º a 6 de dezembro. Primeira edição virtual, o evento ainda está sendo formatado, com previsão de agendas intercaladas entre os principais temas que envolvem a profissão. Com o slogan “O trabalho transforma o espaço: arquitetura e urbanismo nas periferias do mundo”, o 44º ENSA será momento de debater a situação das cidades pós-pandemia e preparar a agenda de discussões para 2021, quando o encontro ocorrerá junto ao Congresso da UIA – União Internacional dos Arquitetos, no Rio de Janeiro/RJ.

A presidente da FNA, Eleonora Mascia, frisou os ganhos advindos dos encontros virtuais na agenda de debates da federação. “O formato do Ensa de 2020 nos permitirá amplificar o debate e chegar a um maior número de pessoas, integrando outras entidades e projetos. Também é um desafio porque o ambiente virtual é algo novo para um evento deste porte”, frisou. Além das lives próprias e manifestações políticas, lembrou ela,  a FNA vem sendo procurada pelo setor como canal de conversa com os profissionais. “O momento é de usarmos nossos canais para dar espaço para as pessoas se colocarem e se aproximarem dos sindicatos e da federação.”

Durante a reunião, Eleonora apresentou relatório de questionário encaminhado aos sindicatos sobre as preferências para o evento. Entre os assuntos listados estão 1) Impactos da Reforma Trabalhista; 2) Articulação para as políticas urbanas; 3) Assistência técnica e fomento a escritórios populares; 4) Patrimônio cultural e estratégias de resistência; 5) Trabalho e tecnologia, entre outros. Também está sendo planejada agenda cultural construída em conjunto com os participantes.

A ex-presidente da FNA e integrante do conselho consultivo Valeska Peres Pinto mencionou a preocupação de abrir um momento de reflexão sobre a pandemia e seus impactos. “Toda nossa atividade vai ter que se transformar e é importante que tenhamos uma reflexão sobre os impactos das mudanças.”

A próxima reunião do Conselho de Representantes da FNA ocorrerá no dia 29 de setembro, das 20h às 22h.

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O Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Distrito Federal (ArquitetosDF) está com eleições em andamento para a escolha da diretoria que irá assumir a gestão no triênio 2020-2023. O pleito, marcado para o dia 31 de agosto, das 8h às 20h, será realizado exclusivamente em formato online pela plataforma Helios Voting e vai eleger os The post ArquitetosDF está com eleições em andamento; votação online será em 31/8 appeared first on FNA.Read More

O Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Distrito Federal (ArquitetosDF) está com eleições em andamento para a escolha da diretoria que irá assumir a gestão no triênio 2020-2023. O pleito, marcado para o dia 31 de agosto, das 8h às 20h, será realizado exclusivamente em formato online pela plataforma Helios Voting e vai eleger os componentes da Diretoria Colegiada, Conselho Fiscal e Suplentes do sindicato. A chapa vencedora iniciará sua gestão no dia 8 de setembro.

A etapa de registro de chapas se encerrou em 19 de agosto e, conforme a Ata de Registro de Chapas publicada em 12 de agosto pelo ArquitetosDF, o pleito terá chapa única – Ocupa Chapa, encabeçada por Luciana Jobim Navarro.

Os arquitetos e urbanistas associados ao ArquitetosDF receberam por e-mail as instruções contendo login e senha para acesso à votação remota o dia 31/08. A notificação foi enviada em 24/08 e tem como remetente “Helios Voting Bot” e assunto “Eleições Sindicato dos Arquitetos do Distrito Federal – 2020”. A Comissão Eleitoral, formada por Amanda Olalquiaga, Danilo Matoso Macedo e Letícia Miguel Teixeira, reforça a importância dos associados em verificar seus dados de acesso pessoal ao sistema nos e-mails e reservar o link do site https://vote.heliosvoting.org/helios/e/arqdf-2020/vote para acesso exclusivo no dia e período da votação.  Caso o associado não encontre esses dados em sua caixa de email e deseje atualizar o endereço eletrônico deve fazer essa solicitação pelo email ce.2020.arqdf@gmail.com até o dia 29 de agosto de 2020.

Confira o Regimento Eleitoral 

 

 

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