Debatendo o mundo do trabalho em tempos de precarização, o 45º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos (ENSA) reuniu dois importantes sindicatos de profissionais para tratar das experiências locais de combate à informalidade e na defesa dos direitos dos trabalhadores. O encontro, realizado na tarde desta quinta-feira (25/11), contou com o Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Santa Catarina (SASC). A mediação ficou por conta do vice-presidente da FNA, Ormy Hütner Jr.
O presidente do SASP, Marco Antônio Teixeira da Silva, abriu a mesa falando sobre as pautas trabalhistas em São Paulo, estado com maior número de arquitetos do Brasil. Relatou a luta travada em disputas específicas, como a ação junto a órgãos públicos, inclusive na cobrança pela nomeação de aprovados em concursos. O dirigente destacou as dificuldades nas negociações salariais e acordos coletivos em curso. O SASP também participa de diversos conselhos municipais, com destaque para o CMDU de Guarulhos onde foi recém criado o GT sobre Mudanças Climáticas visando à criação de um Plano de Adaptação e Resiliência. O sindicato também detalhou a atuação no Litoral Norte onde participa do Comitê das Bacias Hidrográficas, na coordenação da Câmara Técnica do Saneamento e no Gerenciamento Costeiro. Além da apresentação das atividades desenvolvidas, o SASP traçou perspectiva de ação para 2022, quando retomará as atividades presenciais na sede administrativa. Entre as metas também está um convênio com entidades do mundo sindical, sociais e de arquitetura e urbanismo para uma atuação conjunta na defesa dos interesses dos trabalhadores da categoria.
A luta pela preservação dos direitos dos profissionais também dá o tom do trabalho no Sindicato dos Arquitetos de Santa Catarina (SASC). Segundo a presidente, Daniela Lopes, é um momento que marca a história para quem faz parte do sindicato e todos profissionais. “Estamos em busca de entendimento e experiências. Lutamos pelos nossos direitos e queremos que sejam cumpridos”.
Com a crise econômica agravada em tempos de pandemia, os sindicatos alertam para uma maior facilidade em burlar os direitos dos trabalhadores. Segundo dados apresentados, mais da metade da força de trabalho hoje não está empregada formalmente. E quem encontra emprego está além do contrato de trabalho clássico.
Por fim, Hütner Jr realizou um compilado da mesa e elogiou a atuação do SASP, que trabalhou inclusive fora da capital lutando pelos espaços que são oferecidos no campo de atuação profissional.
Durante a mesa, os consultores da VSS Contabilidade, Valtuir Silveira e Jennyfer Silveira também apresentaram os avanços obtidos na regularização das contas dos sindicatos por meio do Programa de Apoio.
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